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Prumo investirá R$ 8 bi até 2023 em térmicas e terminal de regaseificação

Construção é uma alternativa para o gás natural que será produzido no pré-sal das bacias de Santos e Campos, que também poderá ser escoado pelo porto

Unidade ficará pronta em janeiro de 2023, três anos depois da primeira térmica do grupo entrar em operação no mesmo local (Prumo/Divulgação)

Unidade ficará pronta em janeiro de 2023, três anos depois da primeira térmica do grupo entrar em operação no mesmo local (Prumo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de julho de 2018 às 18h30.

Rio - O diretor presidente da Prumo, José Magela, informou que a empresa vai investir R$ 8 bilhões até 2023 na construção de duas termelétricas e um terminal de regaseificação no Porto do Açu, uma alternativa para o gás natural que será produzido no pré-sal das bacias de Santos e Campos e que também poderá ser escoado pelo porto.

Nesta segunda-feira, 30, Magela recebeu do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, autorização para construir a segunda termelétrica no Porto, a GNA Porto do Açu III, com capacidade instalada de 1.673 megawatts e custo de R$ 4,1 bilhões. A unidade ficará pronta em janeiro de 2023, três anos depois da primeira térmica do grupo entrar em operação no mesmo local.

Mais três termelétricas ainda deverão ser construídas, disse Magela, que tem licenciado 3,4 mil megawatts para participar do leilão de energia elétrica com entrega a partir de 2024 (A-6), que será realizado no final deste mês.

Segundo ele, nos primeiros 10 anos a operação do Porto do Açu será por rodovias, mas que espera que a Rio-Vitória seja encarada como prioridade pelo governo nos próximos anos.

"Estamos esperando que essa ferrovia seja prioridade na ANTT. Ela é prioritária não só para o Rio de Janeiro, mas para desengargalar vários pontos", disse o executivo. "É algo que precisa ser feito para o futuro", explicou, afirmando que a greve dos caminhoneiros ensinou que não é possível ficar dependente de apenas um modal de transporte para abastecer o País.

Minério de ferro

Magela informou que o terminal de minério de ferro do Porto do Açu ainda está parado e, por este motivo, deu férias coletivas aos empregados. O terminal parou em março depois que a Anglo, fornecedora do minério, teve problemas com o mineroduto que leva o produto até o porto, interrompendo a operação.

"A Anglo pediu força maior", disse Magela, que informou que está conversando com a empresa sobre a aplicação ou não desse instrumento para justificar a parada de uso do porto.

Segundo ele, enquanto a Anglo não volta às operações a área está sendo utilizada para outras atividades. No ano passado, o Porto do Açu exportou 17 milhões de toneladas de minério de ferro, performance que não será repetida este ano, concordou Magela.

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