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Provisões operacionais da Cemig crescem R$ 854 milhões em 2017

A companhia informou que o aumento aconteceu após o maior acionamento de térmicas e pelo maior preço da energia no mercado

Em balanço, a companhia de energia afirmou que as provisões operacionais cresceram 21,3% ano passado (Cemig/Facebook/Divulgação)

Em balanço, a companhia de energia afirmou que as provisões operacionais cresceram 21,3% ano passado (Cemig/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2018 às 13h48.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 14h05.

São Paulo - A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anotou em seu balanço de 2017 provisões operacionais de R$ 854 milhões, 21,3% acima dos R$ 704 milhões anotados em 2016. Somente as provisões trabalhistas cresceram 71%, para R$ 206 milhões.

Conforme explicou a companhia, o aumento no montante provisionado decorre das reavaliações de perda de diversas ações, por conta da mudança na fase processual para execução provisória, em especial as relativas às ações que discutem a base de cálculo da periculosidade e isonomia por terceirização e responsabilidade subsidiária/solidária.

O item pesou na linha de custos e despesas operacionais, que cresceram 18,32% em 2017, para R$ 18,8 bilhões. Também influenciou nesse forte aumento as maiores despesas com energia comprada para revenda, de 32%, para R$ 10 bilhões, seja por conta do maior acionamento de térmicas seja por conta do maior preço da energia no mercado de curto prazo. Esse crescimento, no entanto, já era esperado pelo mercado por conta do cenário hidrológico de 2017.

Já a despesa com pessoal foi de R$ 1,627 bilhão em 2017, redução de 0,99%, em decorrência, em grande medida, do menor número médio de empregados, que recuou em mais de 1 mil posições.

Volume de energia

O volume de energia vendida pela Cemig aos consumidores finais e consumo próprio recuou cerca de 1,36% em 2017, na comparação com o ano anterior, somando 42.461 GWh.

As vendas para as residências tiveram leve alta, de 0,93%, para 10.008 Gwh, mas as indústrias demandaram 8,89% menos, ou 17.760 GWh, enquanto o segmento comercial demandou um volume 14,21% maior, de 7.507 GWh.

A estatal explicou que a queda na quantidade de energia vendida para o segmento industrial decorre da migração de consumidores cativos para o ambiente livre e, em menor parte, dos efeitos relacionados aos níveis de atividade econômica em 2017. Por outro lado, a forte crescimento do segmento comercial foi reflexo da incorporação de novos clientes na carteira da Cemig Geração e Transmissão (GT).

Apesar da queda no volume de vendas, a estatal mineira conseguiu aumentar em 1,16% sua receita com fornecimento de energia elétrica, para R$ 23,701 bilhões. Contrabalançou a queda no volume o aumento das receitas com bandeiras tarifárias, sendo R$ 454 milhões em 2017, em comparação a R$ 360 milhões em 2016, em função do acionamento das bandeiras amarela e vermelha por conta do baixo do nível dos reservatórios.

A companhia também anotou um forte crescimento na receita com transações com energia na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que teve elevação de 435%, ante os para R$860 milhões.

Já no segmento de gás, a companhia registrou um aumento de 23,72% no volume de gás vendido, para 1,319 milhão de m3 em 2017, gerando um incremento na receita de fornecimento de gás da Gasmig de 21,81%, para R$ 1,759 bilhão.

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