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Província argentina pede mais detalhes sobre projeto da Vale

Governo quer cronograma do investimento e detalhes sobre o compromisso de contratação de 75% de trabalhadores da região e a compra de produtos dos fornecedores da província

O desenvolvimento do projeto Potássio Rio Colorado compreende todas as etapas de produção, industrialização e distribuição de cloreto de potássio (Agência Vale)

O desenvolvimento do projeto Potássio Rio Colorado compreende todas as etapas de produção, industrialização e distribuição de cloreto de potássio (Agência Vale)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 22h57.

Buenos Aires - O governo da província argentina de Mendoza (oeste) pediu à gigante brasileira Vale para apresentar em um prazo de 30 dias mais detalhes sobre o megaprojeto mineiro Potássio Rio Colorado, informou nesta quarta-feira um porta-voz do governo argentino.

O pedido foi feito no dia 5 de abril passado e a informação requerida é um cronograma do investimento e detalhes sobre o compromisso de contratação de 75% de trabalhadores da região e a compra de produtos dos fornecedores da província, precisou a subsecretaria provincial de Combustíveis, Minério e Energia.

"Se não cumprirem, o código mineiro é muito claro, a concessão vai cair", advertiu o funcionário.

"Já não se trata de um simples aviso prévio (modalidade inferior entre as sanções), refere-se ao coração do projeto, e põe em risco sua continuidade, ao menos nas mãos da empresa brasileira", acrescentou.

O gerente geral da companhia, Marcos Gutiérrez, e o gerente de Assuntos Legais, Juan Bizet, informaram à imprensa de Mendoza que o presidente do Potássio Rio Colorado, Francisco Cisne Pessoa, vai viajar à província na próxima semana para se reunir com o governador, Celso Jaque, e outras autoridades.

O desenvolvimento do projeto Potássio Rio Colorado compreende todas as etapas de produção, industrialização e distribuição de cloreto de potássio, um mineral utilizado como fertilizante para a agricultura.

O projeto prevê a produção de 2,4 milhões de toneladas por ano de cloreto de potássio a partir de 2013. Inclui ainda a construção de uma central de industrialização na localidade de Malargüe, uma via férrea de 360 km e um porto na província de Buenos Aires.

Segundo a empresa, uma vez finalizado o projeto, a Argentina se posicionará entre os cinco maiores produtores de fertilizantes do mundo, com uma participação aproximada de 10% do mercado total.

Em uma etapa posterior, será avaliada a construção de uma central termoelétrica própria para satisfazer a demanda do projeto.

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