Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid (Jaime de la Fuente/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
EFE
Publicado em 7 de setembro de 2018 às 11h04.
Madri - A promotoria manteve nesta sexta-feira seu pedido de cinco anos e seis meses de prisão para o ex-presidente do Real Madrid Lorenzo Sanz por sonegar 6 milhões de euros em suas declarações de imposto de renda de 2008 e 2009, o que fez com que o fisco deixasse de arrecadar 1.244.823 de euros.
Além disso, durante a audiência em Madri foi solicitado que Sanz e sua esposa indenizassem a Fazenda em 622.411 de euros, pois o casal tem regime de comunhão de bens e, neste caso, o cônjuge é considerado beneficiário, já que as declarações de imposto de renda de tais exercícios foram conjuntas.
A promotoria também pediu uma sentença condenatória e esclareceu que, após dez anos transcorridos, a dívida de Lorenzo Sanz com a Fazenda já é de 1.747.932 de euros.
O ex-presidente do Real Madrid declarou que confessou o crime porque acreditava que seria possível chegar a um acordo com as escrituras de três imóveis hipotecados que apresentou na audiência, mas que a promotoria considerou insuficientes.
Sanz disse que seus filhos assumirão a dívida e acrescentou que possivelmente se equivocou em algumas coisas, mas argumentou que suas declarações de imposto de renda eram feitas por empregados seus que entenderam que não era preciso declarar operações como a venda de uma casa em Marbella (Málaga), ao considerarem que não era tributável, e concluiu dizendo: "Peço desculpas se cometi erros".
Lorenzo Sanz foi presidente do Real Madrid entre 1995 e 2000 e durante seu mandato o clube venceu duas Ligas de Campeões (1998 e 2000), título que não conquistava desde 1966. Deixou a presidência após ser derrotado em 16 de julho de 2000 nas eleições por Florentino Pérez.