Dirigente esportivo da Fórmula 1, Bernie Ecclestone: dirigente esportivo nega as acusações de suborno, garantindo que foi chantageado pelo diretor do banco alemão (Kai Pfaffenbach/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 11h12.
Berlim - A promotoria de Munique acusou formalmente de suborno, o chefe da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone, por supostos pagamentos de US$ 44 milhões a um diretor do banco público Bayern LB, informou nesta quarta-feira a agência de notícias alemã "DPA".
Após investigação que durou mais de dois anos, a promotoria apontou fortes evidências do envolvimento do dirigente esportivo em pagamentos a Gerhard Gribkowsky, durante o processo de venda da participação acionária do banco na Fórmula 1.
O servidor público, antigo diretor do BayernLB, foi condenado em junho do ano passado pelo Tribunal de Munique a oito anos de prisão por suborno, desvio de dinheiro e fraude fiscal. Gribkowsky confessou todos os crimes.
Segundo o tribunal, Gribkowsky recebeu em 2006 a incumbência do BayernLB, de vender as ações nas empresas que gerem a Fórmula 1. Ecclestone queria acabar com a ligação com o banco alemão, com a justificativa de que os parceiros não entendiam de automobilismo,
O dirigente conseguiu, com a ajuda de Gribkowsky que o banco alemão vendesse suas ações ao investidor que ele queria: a CVC. O pagamento teria sido feito através de uma fundação no nome da esposa do executivo, via empresas fantasmas em países do Caribe e do Oceano Índico.
Para a condenação de Ecclestone, será crucial que a promotoria consiga provar que o outro envolvido era funcionário do banco, e que como servidor público não poderia receber dinheiro. Para isso, a acusação conta com declarações do chefe da Fórmula 1 contra o Gribkowsky e sua posição de funcionário público.
O dirigente esportivo, por sua vez, nega as acusações de suborno, garantindo que foi chantageado pelo diretor do banco.
*Matéria atualizada às 11h11