Fábrica da Hyundai: montadoras registraram forte queda na produção (Germano Lüders/Exame)
Juliana Estigarribia
Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 06h00.
O ano de 2020 foi possivelmente o mais difícil para a indústria automotiva no passado recente. A conjunção de queda drástica das vendas no mercado doméstico e das exportações -- em um cenário de pandemia do novo coronavírus -- fez com que a produção das montadoras recuasse aproximadamente 30% em 2020. Para este ano, a projeção é de retomada lenta dos volumes.
A Anfavea, associação que reúne as montadoras, irá apresentar nesta sexta-feira, 08, os números referentes ao desempenho da indústria em 2020. Espera-se que a produção de veículos leves -- que representam mais de 95% dos volumes das linhas de montagem no país -- tenha alcançado cerca de 1,94 milhão de unidades no período, uma queda aproximada de 30% sobre o ano anterior, segundo projeção da Bright Consultoria especializada.
Para 2021, o consenso entre executivos de montadoras é que as vendas de veículos alcancem entre 2,3 milhões e 2,4 milhões de unidades, número distante dos 2,8 milhões registrados em 2019. A produção deve ficar um pouco acima dos 2 milhões.
A recuperação lenta se deve principalmente às incertezas acerca da economia brasileira, que ainda amargará efeitos residuais da crise do coronavírus.
Com o fim do auxílio emergencial e dificuldades enfrentadas tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada, a expectativa é que as montadoras tenham grandes desafios para retornar aos níveis de vendas de alguns anos atrás.
Para o primeiro trimestre deste ano, espera-se que as entregas para frotistas (principalmente locadoras) se estabilizem, após um final de ano de atrasos ocasionados pela pandemia. No entanto, as montadoras devem continuar com grandes desafios, como a escolha do mix de produtos e a crucial decisão entre volumes e rentabilidade.