Imagem de arquivo do Banco do Brasil: Além de Rubem Novaes, Guedes indicou Pedro Guimarães para a presidência da Caixa Econômica Federal (Pilar Olivares/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2018 às 06h41.
Última atualização em 23 de novembro de 2018 às 07h13.
A confirmação de que Rubem Novaes deve assumir a presidência do Banco do Brasil pode ter reflexos sobre os papéis da instituição nesta sexta-feira, 23. Ontem, as ações (BBAS3) encerraram com alta de 1,02% a R$ 44,45, graças aos rumores de que o ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi indicado para o cargo pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Como ontem não houve pregão nas bolsas americanas, por causa do feriado de Ação de Graças, pode ser que os papéis tenham mais um dia de oscilação.
Além de Novaes, Guedes indicou Pedro Guimarães para a presidência da Caixa Econômica Federal. Os dois nomes ainda serão submetidos à avaliação do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, as indicações sinalizam que algumas áreas estratégicas dos bancos poderão ser privatizadas, como a do banco de investimentos do BB. O especialista também acredita que as instituições estatais não devam ter um papel tão preponderante como em governos anteriores, deixando espaço para a participação da iniciativa privada. “Bolsonaro disse que, em um primeiro momento, não pretende privatizar as joias da coroa, mas pode ser que mais para frente consiga, por exemplo, fazer a tão esperada abertura de capital da Caixa”, afirma.
Com as indicações dos presidentes do BB e da Caixa, faltam poucas nomeações para cargos estratégicos da equipe econômica, como a do secretário do Tesouro Nacional – que, ao que tudo indica, deve ser Mansueto Almeida – e a do secretário da Previdência Social, que é peça fundamental para a reforma da Previdência. “Também precisa ser esclarecido o desenho do novo ministério da Economia que terá três ou quatro secretarias na nova estrutura”, acrescenta Vale.