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Prioridade da Cyrela é compra de terrenos, diz diretor

Segundo diretor da Cyrela, "se sobrar dinheiro, certamente o conselho deve discutir mais a redistribuição (pagamento de dividendos) ou recompra de ações"


	Cyrela: empresa teve consumo de caixa de R$ 35 milhões no terceiro trimestre, invertendo a geração de caixa de R$ 154 milhões no segundo trimestre
 (ANTONIO MILENA)

Cyrela: empresa teve consumo de caixa de R$ 35 milhões no terceiro trimestre, invertendo a geração de caixa de R$ 154 milhões no segundo trimestre (ANTONIO MILENA)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 14h36.

São Paulo - A prioridade para o uso do caixa da Cyrela Brazil Realty é a compra de terrenos, afirmou o diretor financeiro e de relações com investidores da incorporadora Cyrela Eric Alencar.

Mas, segundo ele, "se sobrar dinheiro, certamente o conselho deve discutir mais a redistribuição (pagamento de dividendos) ou recompra de ações". Mesmo assim, ele fez questão de ressaltar que essa não é a prioridade da companhia no momento.

A Cyrela teve consumo de caixa de R$ 35 milhões no terceiro trimestre, invertendo a geração de caixa de R$ 154 milhões no segundo trimestre. No acumulado do ano, porém, a geração atingiu R$ 335 milhões, contra R$ 44 milhões no mesmo período do ano anterior.

Segundo Alencar, a volatilidade na geração de caixa é normal no setor de atuação da companhia. Ele não quis fazer nenhuma previsão para o resultado do caixa no ano, afirmando apenas que a "forte geração de caixa" prevista anteriormente está se concretizando. Para 2014, a expectativa é novamente de geração de caixa, e não consumo.

O executivo também comentou que a margem bruta da companhia está dentro do guidance, de 31% a 35%, "e vai continuar assim". A margem bruta ficou em 32,8% no terceiro trimestre e 32,7% nos nove primeiros meses do ano.

Quanto aos estoques, Alencar explicou que o nível atual equivale a aproximadamente um ano de vendas, o que é considerado "normal".

"Nós sempre queremos reduzir o estoque. Atualmente o estoque pronto está em 15% do total, que é acima do que nós gostaríamos, mas ele não deve cair substancialmente no próximo ano", explicou. Segundo o diretor, os lançamentos este ano, de R$ 3,95 bilhões, estão acima do ano passado, de R$ 3,49 bilhões. Assim, a queda anual de 18,7% nos lançamentos no terceiro trimestre é considerada normal.

A Cyrela acredita que o mercado imobiliário brasileiro está saudável e deve se manter assim em 2014. "A demanda continua saudável. É uma demanda mais seletiva, mas entendemos isso como positivo para nós, porque conseguimos nos diferenciar nos produtos", explicou o executivo. Segundo ele, a companhia segue focada em empreendimentos de alto e médio padrão. "Estamos cada vez mais focados em rentabilidade."

Alencar explica que a principal região de atuação da Cyrela é a Grande São Paulo, mas existe uma equipe empenhada no mercado de loteamentos residenciais no interior do Estado. "Estamos atentos a todas as oportunidades em Jundiaí e Campinas", contou.

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