As empresas dos EUA terão o mais alto lucro por passageiro dessa indústria, de US$ 18,12, seguidas de perto pelas do Oriente Médio, que lucrarão US$ 9,61 (David McNew/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2015 às 16h01.
Miami - A previsão de lucro para as companhias aéreas mundiais melhorou em 17% nos últimos seis meses, diante de um desempenho forte das companhias aéreas dos Estados Unidos, afirmou nesta segunda-feira a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês).
As companhias aéreas devem gerar US$ 29,3 bilhões em lucro líquido neste ano, com as empresas dos EUA representando mais da metade do lucro total das companhias, com US$ 15,7 bilhões, disse a IATA.
Em dezembro, a IATA previa um lucro de US$ 25 bilhões para as companhias aéreas do mundo, acima dos US$ 16,4 bilhões de 2014.
O diretor-geral da IATA, Tony Tyler, afirmou que "2015 está se tornando um ano positivo". Segundo a entidade, o desempenho financeiro está sendo puxado pelos preços mais baixos do petróleo, pela recuperação econômica em alguns mercados e pelo forte desempenho do dólar. Mais de 3,5 bilhões de passageiros devem voar neste ano, um recorde histórico.
As vendas devem ficar em US$ 727 bilhões, ou 0,7% abaixo do nível do ano passado, em grande medida por causa do efeito do dólar mais valorizado, segundo a IATA.
A lucratividade continua a dar sinais de melhora. A IATA projeta uma margem de lucro líquido de 4% para o setor. Isso reflete em parte o fato de que as companhias aéreas estão se mostrando mais disciplinadas sobre os lugares disponíveis para venda.
As companhias estão reduzindo sua capacidade, o que eleva a taxa de ocupação, uma medida de assentos vendidos por total ofertado, para um patamar estimado de 80,2% neste ano, de 79,8% em 2014.
Investidores já mostraram-se preocupados com a possibilidade de excesso de oferta nas companhias aéreas, o que poderia ameaçar a lucratividade.
Os números da IATA, porém, mostraram que as empresas dos EUA terão o mais alto lucro por passageiro dessa indústria, de US$ 18,12. As do Oriente Médio ficam em segundo, com US$ 9,61 de lucro por passageiro, seguidas pelas da Europa, com US$ 6,30.
As companhias aéreas de todas as regiões devem fechar o ano no azul. Ainda assim, Tyler advertiu que há uma desigualdade grande, pois muitas companhias aéreas "ainda enfrentam grandes desafios".
As companhias aéreas africanas devem registrar lucro líquido de apenas US$ 100 milhões neste ano, e as da América Latina, US$ 600 milhões.