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Previ: acordo da Vale eleva liquidez e pode atrair estrangeiro

Segundo a acionista, o acordo garante a expansão das atividades da Vale

Vale: o acordo vigorará por três anos e será realizado em etapas (Denis Balibouse/Reuters)

Vale: o acordo vigorará por três anos e será realizado em etapas (Denis Balibouse/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 13h26.

São Paulo - A Previ, que é acionista da Vale, considera que o novo acordo de acionistas eleva a liquidez de sua participação na mineradora. Conforme divulgado mais cedo ao mercado, o acordo vigorará por três anos e será realizado em etapas.

"A Previ participou ativamente das negociações e está certa de que o Acordo, que vigorará por três anos, fortalecerá a governança corporativa da companhia, além de garantir maior liquidez para esse importante ativo da entidade", diz nota do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, em sua página na internet.

Após implantado, o novo acordo "poderá contribuir para a atração de outros investidores estrangeiros, o que garante a expansão das atividades da Vale", diz a Previ.

A participação na Vale se dá principalmente pela carteira do Plano 1, explica a Previ, pela Litel, que por sua vez tem investimento direto na Valepar, controladora da Vale.

"Esse ativo, no balanço de 2016, representava 14,6% dos nossos investimentos e 30,6% da carteira de renda variável", isso considerando os recursos do Plano 1 e do Previ Futuro, afirma a Previ. Atualmente, o Plano 1 da detém 15,50% do capital total da Vale e pelo Previ Futuro, o investimento equivale a 0,17% do capital da mineradora. A participação do Plano 1 está avaliada em cerca de R$ 24,2 bilhões.

A fundação comenta que até então a falta de liquidez em bolsa de sua participação via Plano 1 era um desafio - "tendo em vista as condições da estrutura societária existente, uma vez que o investimento de Litel é direto em Valepar" - e a viabilização do novo acordo de acionistas da Vale é parte da implementação do Planejamento Estratégico 2017-2021 da entidade.

Nesse sentido, a liquidez é um ponto de destaque, já que o acordo permitirá à Litel participar diretamente da Vale. Mais da metade da participação da Litel estará desvinculada do acordo e o restante da posição estará livre a partir de novembro de 2020, segundo o documento da Previ.

Também o fundo considera que o novo acordo trará melhoria na governança, com evolução para "adoção de um controle difuso, com perspectivas de crescimento e perenidade", além da alteração do estatuto social para adequá-lo às regras do Novo Mercado da BM&FBovespa.

Essa é uma das etapas do acordo, que terá ainda conversão das ações preferenciais classe A em ordinárias e incorporação pela Vale da Valepar, empresa veículo que reúne as participações de Litel, Mitsui, Bradespar, BNDESpar e Eletron.

"A Previ se orgulha de participar da história da Vale, maior ativo da carteira de investimentos da entidade." Também a fundação aponta que desde a privatização, em 1997, até o final do ano passado o retorno do investimento em Litel superou a meta atuarial no período, "mas é preciso avançar, mesmo com essa história de sucesso, e tomar medidas para adequar a empresa às novas realidades de mercado e à necessidade de maior liquidez para os investimentos do Plano 1 da Previ".

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