O Santander informou que nomeou Javier Marin, que vinha atuando como diretor da instituição, como novo presidente-executivo (REUTERS/Sergio Moraes)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2013 às 09h08.
Madri - O presidente-executivo do Santander, maior banco da zona do euro, deixou o cargo nesta segunda-feira, depois de uma prolongada batalha legal sobre se ele deveria ser impedido de realizar atividades bancárias devido a uma condenação criminal.
Alfredo Saenz, 70 anos, foi condenado em 2009 por ter feito uma reclamação falsa contra acionistas do banco Banesto para pressioná-los a pagar uma dívida, em um caso que surgiu pela primeira vez há mais de uma década.
Posteriormente, ele foi perdoado pelo então primeiro-ministro espanhol José Luis Rodriguez Zapatero, mas a Suprema Corte da Espanha decidiu no início deste ano restabelecer a condenação, em um caso que tem perseguido o executivo por anos.
Em uma novo episódio este mês, o Banco de Espanha abriu um novo processo para decidir o destino de Saenz, depois que o governo aprovou uma nova lei sobre ética bancária que poderia tê-lo mantido no posto.
O Santander disse em um comunicado que Saenz estava deixando o cargo voluntariamente e agradeceu por seu trabalho no banco, período em que a instituição quadruplicou de tamanho.
De acordo com as contas auditadas do banco, Saenz, que havia recebido apoio público do presidente do conselho do Santander, Emilio Botín, 78 anos, acumulou pensão de pouco mais de 88 milhões de euros (115 milhões dólares).
O Santander informou que seu conselho decidiu na segunda-feira nomear Javier Marin, 46 anos, confidente de Botín que ocupou vários cargos executivos dentro do grupo, como o novo presidente-executivo do Santander.
Atualizado às 9h08min.