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Presidente do BNDES diz que Embraer não vai valer muito sem Boeing

Dyogo Oliveira disse que operação será positiva para acionistas da fabricante brasileira porque garantirá a sobrevivência e a sustentabilidade da companhia

Embraer: companhia brasileira e Boeing anunciaram memorando de entendimento para um acordo futuro (Roosevelt Cassio/Reuters)

Embraer: companhia brasileira e Boeing anunciaram memorando de entendimento para um acordo futuro (Roosevelt Cassio/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de julho de 2018 às 17h39.

Última atualização em 12 de julho de 2018 às 17h42.

Rio de Janeiro - A Embraer "não vai valer muita coisa" em alguns anos se a empresa não fizer uma aliança com a Boeing, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, nesta quinta-feira à Reuters.

Na segunda ocasião em que defende o negócio da Embraer com a Boeing anunciado na semana passada, Oliveira afirmou que a operação será positiva para os acionistas da fabricante brasileira porque garantirá a sobrevivência e a sustentabilidade da companhia.

Embraer e Boeing anunciaram na semana passada um memorando de entendimento para um acordo futuro em que a fabricante brasileira vai vender sua principal operação, a de jatos comerciais, para a Boeing, criando uma terceira empresa que será 80 por cento controlada pelo grupo norte-americano.

O BNDES, por meio da BNDESPar, é um dos maiores acionistas da Embraer, cujo poder de voto deverá ser ampliado em uma assembleia de acionistas que decidirá se o acordo entre as duas empresas poderá seguir adiante.

Oliveira não comentou quando a assembleia de acionistas da Embraer poderá ser realizada ou a cláusula de veneno do estatuto da empresa que exige um pagamento de 50 por cento de prêmio sobre as ações da empresa em caso de uma tomada de controle.

"Hoje somos sócios de uma empresa que sem a Boeing não vai valer muita coisa em poucos anos", disse Oliveira. Ele citou o anúncio nesta semana da companhia aérea norte-americana Jet Blue, uma das principais clientes da Embraer, que decidiu trocar sua frota de aeronaves da fabricante brasileira por modelos produzidos pela parceria Airbus-Bombardier.

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