Negócios

Presidente da Porsche esperará 3 meses por possível acusação

O porta-voz dos promotores de Stuttgart, sede da Porsche, disse nesta segunda-feira que a investigação da polícia ainda não tinha acabado

Wendelin Wiedeking (E) e o CEO da Porsche, Michael Macht (D): em março de 2008, a Porsche negou as "especulações" da imprensa de que estava tentando comprar a Volkswagen (Miguel Villagran/ Getty Images)

Wendelin Wiedeking (E) e o CEO da Porsche, Michael Macht (D): em março de 2008, a Porsche negou as "especulações" da imprensa de que estava tentando comprar a Volkswagen (Miguel Villagran/ Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2012 às 15h51.

Berlim - O ex-presidente-executivo da Porsche Wendelin Wiedeking pode ter que esperar três meses para saber se promotores alemães vão acusá-lo e a um ex-vice-presidente financeiro de manipulação do mercado com ações da Volkswagen.

O porta-voz dos promotores de Stuttgart, sede da Porsche, disse nesta segunda-feira que a investigação da polícia ainda não tinha acabado, confirmando uma matéria da revista Der Spiegel.

Os advogados dos dois ex-executivos têm até o fim de outubro para contestar as conclusões da investigação, de possível manipulação do preço das ações da Volkswagen por Wiedeking e Holger Haerter durante a fracassada compra da montadora alemã pela Porsche em 2008-09, disse o porta-voz.

Wiedeking --apontado pela Fortune em janeiro de 2009 "como o homem que passou o mercado para trás"-- e Haerter podem pegar até cinco anos de prisão se considerados culpados de descumprirem leis do mercado mobiliário, acrescentou o representante dos promotores.

A defesa de Wiedeking afirmou à Reuters que as conclusões da investigação eram injustificadas, enquanto a de Haerter não estava disponível para comentar o assunto.

Investidores acusaram a antiga gestão da Porsche de tentar comprar muito mais ações da Volkswagen do que anunciava publicamente.

Em março de 2008, a Porsche negou as "especulações" da imprensa de que estava tentando comprar a Volkswagen, que faz mais carros em uma semana do que a outra produz em um ano.

Sete meses depois, a Porsche divulgou que suas posições davam o controle de quase 75 por cento da Volkswagen, fazendo as ações desta última dispararem e vendedores a descoberto correrem para recomprar as ações que tinham emprestado apostando que os papéis da Volkswagen iriam cair.

Essa corrida fez as ações da Volkswagen chegarem a 1.000 euros cada em poucos dias, o que fez a montadora alemã ser, durante pouco tempo, a mais valiosa companhia do mundo, despertando acusações de manipulação de mercado.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaEmpresas alemãsIndústriaJustiçaMontadorasPorsche

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU