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Presidente da Nissan também comandará Mitsubishi Motors

Ghosn, que também é presidente do grupo francês Renault, ficará responsável pela reestruturação da Mitsubishi

Carlos Ghosn: a nomeação, será aprovada em dezembro pelos acionistas e administradores (Kazuhiro Nogi/AFP)

Carlos Ghosn: a nomeação, será aprovada em dezembro pelos acionistas e administradores (Kazuhiro Nogi/AFP)

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AFP

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 10h28.

Última atualização em 6 de julho de 2018 às 11h48.

O presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, também comandará a Mitsubishi Motors, depois que o primeiro grupo anunciou um grande investimento na rival, informou o jornal econômico Nikkei.

A ação da Mitsubishi Motors fechou em alta de 7,85%, a 522 ienes, nesta quarta-feira, depois de chegar a ganhar 10,74% durante a sessão, poucos minutos depois da publicação da notícia no site do jornal.

Ao mesmo tempo, as ações da Nissan, segunda maior montadora do Japão, registraram leve alta de 0,52%, a 1.004,5 ienes.

Ghosn, que também é presidente do grupo francês Renault, ficará responsável pela reestruturação da Mitsubishi a partir do momento em que a Nissan concretizar sua entrada no capital do grupo com a compra de 34%, segundo o jornal econômico, geralmente muito bem informado, que não cita suas fontes.

A nomeação do executivo como presidente do conselho de administração, proposta pela Nissan, será aprovada em dezembro pelos acionistas e administradores da Mitsubishi Motors, de acordo com o Nikkei.

O atual presidente do grupo, Osamu Masuko, passará a ocupar o cargo de diretor geral.

Procurada pela AFP, uma porta-voz da Mitsubishi Motors se recusou a comentar as informações.

A Mitsubishi sofre as consequências do escândalo de falsificação de dados sobre seus veículos, o que poderia ter afetado a Nissan - a empresa compra dois modelos de veículos pequenos para revender sob sua marca - se o grupo não ajudasse a rival.

A alta no valor das ações reflete a esperança dos investidores de que Ghosn consiga colocar a empresa nos trilhos, como fez com a Nissan, que passava por dificuldades quando a Renault decidiu em 1999 assumir o controle parcial da montadora japonesa.

A Mitsubishi Motors admitiu em 20 de abril que manipulava os dados de quatro modelos de carros, dois deles construídos para a Nissan. Depois confessou ter utilizado testes não homologados no Japão por 25 anos para vários outros veículos.

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