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Decisão da UE é um "lixo político", diz presidente da Apple

Tim Cook afirmou que ele vai acompanhar de perto o trabalho para derrubar a decisão da UE


	Tim Cook: executivo prometeu ampliar os pagamentos de impostos da Apple
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Tim Cook: executivo prometeu ampliar os pagamentos de impostos da Apple (David Paul Morris/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2016 às 09h57.

Dublin - A imposição pela União Europeia de uma conta de 13 bilhões de euros em impostos atrasados contra a Apple é "total lixo político", afirmou o presidente-executivo da companhia, Tim Cook, em entrevista ao jornal Irish Independent publicada nesta quinta-feira.

Mas em uma entrevista separada a uma rádio, o executivo prometeu ampliar os pagamentos de impostos da Apple ao repatriar bilhões de dólares em lucros globais para os Estados Unidos no próximo ano.

Na terça-feira, a comissária de defesa da concorrência da UE, Margrethe Vestager, questionou como alguém pode pensar que seria justo um acordo que permitiu à Apple pagar uma taxa de imposto de 0,005 por cento, como aconteceu com a unidade irlandesa da Apple em 2014.

"Eles apenas usaram um número que não sei de onde saiu", disse Cook ao Irish Independent, estimando que a taxa média anual de impostos sobre o lucro da Apple é de 26 por cento.

Cook afirmou que ele vai acompanhar de perto o trabalho para derrubar a decisão da UE, classificada por ele como "sem base na lei ou em fatos". A condenação é de longe a maior pena em casos de defesa da concorrência imposta sobre uma companhia pela UE.

"Ninguém fez nada de errado aqui e precisamos ficar juntos. A Irlanda está sendo alvo e isso é inaceitável", disse Cook ao jornal, acrescentando que um viés contrário a multinacionais dos Estados Unidos pode ter sido um fator que motivou a pena imposta pela UE.

"Eu creio que a Apple foi um alvo", disse Cook. "E eu acho que (o sentimento antiamericano) é uma razão do porquê fomos feitos de alvo", afirmou. "Pagamos 400 (milhões de dólares) à Irlanda (em 2014), pagamos 400 aos EUA e provisionamos vários bilhões de dólares para os EUA como pagamento assim que repatriarmos isso e eu estimo que a repatriação vai ocorrer no próximo ano", disse ele à rádio RTE.

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