(Accor/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 08h00.
Última atualização em 21 de setembro de 2017 às 10h20.
São Paulo – Com aquisições e novos serviços, a Accor quer ir atrair os seus clientes mais jovens. Por isso, lançou novos modelos de negócios e acomodações e tem até um conselho formado apenas por membros da Geração Y.
A razão é uma só: o Airbnb, criado há apenas 9 anos, que abala o tradicional mercado hoteleiro.
A rede francesa tem 583 mil quartos em 95 países. No Brasil, ela tem 252 hotéis e 42 mil quartos. Já a maior rede de hotéis do mundo, criada a partir da fusão da Marriott com a Starwood, tem 1,1 milhão de quartos.
O Airbnb ultrapassa esses concorrentes com folga – ele já conta com mais de 3 milhões de acomodações em 191 países. O valor de mercado da startup criada em 2008 ultrapassou US$ 30 bilhões.
“O Airbnb compete conosco em alguns segmentos de mercado, como viagens a lazer e casais com filhos”, disse Abel Castro, diretor de desenvolvimento da Accor para as Américas. “Casais preferem ficar juntos de seus filhos e acomodações no Airbnb podem sair mais baratas”, disse a Exame.com.
Por isso, ele falou que a Accor precisa repensar seus modelos de negócios, para se adaptar à nova realidade.
Uma das iniciativas nesta direção foi a criação da bandeira Jo&Joe. Um terço dos quartos será compartilhado, no mesmo estilo de um hostel, um terço será de apartamentos e kit nets e um terço de quartos normais de hotéis.
A nova rede de hotéis já tem uma abertura prevista para este ano, na França, e deverá chegar ao Brasil em breve. A propista foi criada em conjunto com funcionários jovens da Accor, diz Patrick Mendes, presidente da companhia para a América do Sul.
A empresa tem um comitê global formado por 15 conselheiros com menos de 30 anos, que discutem as ações e propostas tomadas pela diretoria.
Quartos conjugados e a não cobrança de tarifas para filhos também estão entre as iniciativas da Accor para fazer frente ao Airbnb.