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Preços do petróleo recuam com expectativa de recuperação frágil da China

Pela primeira vez em décadas, o país asiático não traçou uma meta de crescimento para o ano, derrubando a cotação da commodity

Produtores anunciaram novo corte de oferta para junho (Adriana Zehbrauskas/The New York Times/The New York Times)

Produtores anunciaram novo corte de oferta para junho (Adriana Zehbrauskas/The New York Times/The New York Times)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 22 de maio de 2020 às 10h56.

Última atualização em 22 de maio de 2020 às 12h43.

Os preços do petróleo estão caindo com o anúncio da China, que pela primeira vez em décadas não deve traçar, em 2020, uma meta de crescimento do produto interno bruto (PIB). As cotações do barril do tipo WTI recuam mais de 7%, enquanto o Brent apresenta queda de mais de 5%.

Nesta sexta-feira, 22, o governo chinês informou que não vai anunciar, neste ano, uma meta de crescimento do PIB, sinalizando que a retomada econômica do país deve ser mais difícil do que o esperado.

O anúncio derrubou os índices asiáticos e fez com que os preços do petróleo desabassem. Isso porque o crescimento chinês é a principal aposta dos produtores globais para equilibrar o mercado, mesmo com os cortes de oferta anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados.

Embora o horizonte de médio prazo esteja totalmente nebuloso, o barril vem apresentando recuperação no curto prazo. Após os preços dos contratos futuros do WTI operarem no terreno negativo em abril, o que também contaminou as cotações no mercado spot, hoje o Brent gira em torno dos 34 dólares.

Apesar do anúncio, o governo chinês se comprometeu a aumentar os financiamentos para ajudar sua economia, o que pode, em última instância, refletir na demanda de petróleo. O país é o maior consumidor global da commodity, juntamente com os Estados Unidos.

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