Funcionários da Petrobras em uma plataforma de petróleo em construção na bacia de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2014 às 18h59.
Rio - A presidente da Petrobras, Graça Foster, em palestra de encerramento da feira e conferência Rio Oil & Gas, ressaltou os ganhos de produtividade da indústria petroleira desde a realização da última edição do evento, em 2012.
Na conferência anterior, Graça demonstrou preocupação com os prazos de entrega de plataformas pelos estaleiros nacionais.
Mas, neste ano, o discurso mudou. A executiva está ressaltando não só a qualidade dos seus fornecedores, mas também dos "recursos humanos" da Petrobras.
Segundo ela, de 2012 a 2014, a curva de aprendizagem dos estaleiros nacionais, medida que representa o intervalo de tempo entre a assinatura do contrato para a construção da plataforma e a produção do primeiro óleo, passou de 60 meses para 42 meses, aproximando-se da marca de referência internacional, de 39 meses.
Graça ressaltou também a eficiência operacional de toda estatal, que subiu de 79% para 81%, de 2013 para 2014.
A presidente da Petrobras afirmou também que as parcerias com operadoras de petróleo são uma premissa para a empresa. Como exemplo de sucesso, citou o campo de Libra, no pré-sal, que divide com a Shell, Total, CNPC e CNOOC.
Segundo Graça, a expectativa é que a produção da Petrobras e de terceiros em 2030 será de 5,2 milhões de barris por dia.
Sozinha, a estatal produzirá, na mesma data, 4,2 milhões de barris por dia. Ela ressaltou, contudo, que essa estimativa é inferior à de consultorias externas.
Ao fim da palestra, Graça homenageou os seus funcionários, neste momento em que a empresa está sob investigação de corrupção. Toda sua palestra foi no sentido de demonstrar a importância dos seus recursos humanos para o aumento da produção.