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Positivo quer ser mais agressiva em smartphones

Empresa abriu em junho primeira fábrica de telefones inteligentes e agora aposta no crescimento desse mercado para ter bons resultados em 2015, disse presidente


	Smartphone da Positivo: "Queremos ser mais agressivos em termos de marca", diz presidente
 (Divulgação)

Smartphone da Positivo: "Queremos ser mais agressivos em termos de marca", diz presidente (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 14h26.

Rio de Janeiro - A Positivo Informática pretende ser mais agressiva no segmento de smartphones em 2015 como uma forma de compensar a queda das vendas de PCs, em um momento em que marcas internacionais intensificam a competição no mercado brasileiro.

A empresa abriu em junho sua primeira fábrica de telefones inteligentes e agora aposta no crescimento desse mercado para apresentar bons resultados no que ano que vem, segundo o presidente da Positivo, Hélio Rotenberg.

"Se conseguirmos ganhar fatia de mercado nessas categorias em que temos participação muito baixa, traz a possibilidade de resultados bons", disse Rotenberg.

"Queremos ser mais agressivos em termos de marca."

A empresa não divulgou a fatia de mercado em smartphones, mas informou que manteve no terceiro trimestre a liderança em computadores, com fatia de 16,6 por cento, alta de 3,2 pontos sobre o terceiro trimestre do ano passado, superando a chinesa Lenovo.

Apesar disso, as vendas no terceiro trimestre da Positivo totalizaram 665,6 mil PCs e tablets, queda de 3 por cento em relação ao mesmo período de 2013. Já a venda de smartphones somou cerca de 53,9 mil unidades ante 10 mil no mesmo período de 2013.

Para avançar no segmento, a Positivo espera que no ano que vem outras operadoras de telefonia passem a vender seus aparelhos.

Neste trimestre, a marca vendeu pela primeira vez smartphones para TIM Participações e Oi.

Também será lançada nova linha de telefones no início de 2015.

Rotenberg acredita que a queda das vendas de PCs será interrompida em 2015, tendência que, segundo ele, já é apontada por institutos de pesquisa.

Para o mercado de tablets, a empresa projeta crescimento, apesar de baixo. "Já temos uma licitação de venda de até 1 milhão de tablets para o Ministério da Educação fechada para o ano que vem", declarou.

Para o executivo, os gastos do ministério que é o principal cliente público da empresa não devem ser afetados pelos cortes de custos que devem ser promovidos pelo governo federal no ano que vem.

"Talvez haja retração em algumas autarquias e ministérios (...), mas não entre os clientes mais importantes."

Sobre as dificuldades de enfrentar gigantes internacionais em um mercado globalizado como o de tecnologia, o Rotenberg declarou que a Positivo consegue sobreviver por "entender as necessidades do consumidor brasileiro", dando como exemplo o laptop que vira tablet por 999 reais, "um preço que julgamos ser divisor de águas para as famílias brasileiras".

Além da competição com as gigantes estrangeiras, a Positivo enfrentou este ano a forte variação do câmbio.

"A variação é ruim porque demora para repassar o preço", disse o executivo.

Em outubro, a empresa negociou aumento com os varejistas, e prepara para o início do ano que vem novo reajuste.

O executivo negou arrependimentos em relação à rejeição da oferta de compra feita em 2008 pela Lenovo.

"Naquele momento não julgamos que fosse uma boa oferta", disse.

ÁFRICA A Positivo Informática anunciou no fim de novembro ampliação da parceria com o grupo argentino BHG para um acordo de produção e venda de aparelhos educacionais ao governo de Ruanda, na África.

A contrapartida do projeto prevê a construção de uma fábrica na capital Kigali. Segundo Rotenberg, o contrato tem cinco anos, e a ideia é entender primeiramente o mercado de Ruanda para posteriormente expandir para outros países africanos.

"Foi mais uma oportunidade do que uma decisão estratégica pensada", disse o executivo. "Mas a receptividade foi tão grande que estamos pensando em outras oportunidades", completou.

De acordo com Rotenberg, é necessário antes analisar a situação política de cada país africano.

"Ruanda, por exemplo, depois de problemas turbulentos, virou um país extremamente estável, um dos menos corruptos da África."

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