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Portugal Telecom SGPS é alvo de buscas policiais

A empresa foi alvo de buscas por suspeitas de fraude qualificada, relacionadas a aplicações financeiras

Sede da Portugal Telecom, em Lisboa: detalhes das investigações não podem ser divulgados (Hugo Correia/Reuters)

Sede da Portugal Telecom, em Lisboa: detalhes das investigações não podem ser divulgados (Hugo Correia/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 14h42.

Lisboa - A Portugal Telecom SGPS foi alvo de buscas policiais no âmbito de um inquérito sobre suspeitas de fraude qualificada, relacionadas a aplicações financeiras, disse a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Portugal.

O Ministério Público afirmou em que o inquérito ocorre em conjunto com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), com a polícia judiciária e autoridades fiscais.

"Neste inquérito investiga suspeitas de participação econômica em negócio e fraude qualificada, envolvendo aplicações financeiras feitas pela empresa", adiantou a PGR, em comunicado.

O advogado que representa a Portugal Telecom SGPS, Paulo de Sá e Cunha, disse a jornalistas que "as buscas estão ocorrendo como as pessoas já sabem."

Ele acrescentou que o caso estava coberto por leis de sigilo legais de Portugal, o que significa que detalhes não podem ser divulgados. A empresa não comentou.

As ações da Portugal Telecom caíam 5,1 por cento, às 13h58 (horário de Brasília).

A Portugal Telecom investiu cerca de 900 milhões de euros em 2014 em notas comerciais emitidas pela Rioforte, holding da família Espírito Santo, apenas alguns meses antes a Rioforte e a família pedirem insolvência.

O default levou à demissão do presidente-executivo da Portugal Telecom SGPS Henrique Granadeiro, em agosto. A Portugal Telecom disse na época que seu conselho nunca tinha aprovado ou discutido qualquer investimento em dívida emitida pela Rioforte. Granadeiro tem dito que tinha certeza de que uma auditoria do investimento "vai mostrar que eu sempre agi no interesse da Portugal Telecom, de seus empregados e seus acionistas." A Rioforte deu calote no pagamento de empréstimos, o que levou a uma revisão dos termos de fusão entre a Portugal Telecom com a Oi, deixando a Portugal Telecom com uma participação menor na empresa nova combinada.

O presidente-executivo da Oi, Zeinal Bava, que foi o ex-chefe da Portugal Telecom, também renunciou a seu posto na Oi após o default.

A fusão está efetivamente sendo desfeita, já que a Oi está vendendo ativos de telecomunicações da Portugal Telecom ao grupo de telecomunicações Altice.

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