A Oi apresentou no dia 17 de Abril, em um evento para investidores, a sua política de dividendos para os próximos anos, com a distribuição aos acionistas de 8 bilhões de reais (Pedro Zambarda/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2012 às 15h10.
Lisboa - A Portugal Telecom (PT) irá manter uma forte disciplina operacional e de custos até 2015, para reforçar seu fluxo de caixa, disse o presidente-executivo da empresa, Zeinal Bava, que está otimista quanto ao sucesso da brasileira Oi, na qual possui uma participação de 25 por cento.
Em relação à Oi, Bava ressaltou que a parceria "tem superado largamente as expectativas" e adiantou: "estamos consolidando o 'turnaround' da empresa. Foram já dados passos importantes: a simplificação da estrutura societária e a nomeação de uma equipe executiva".
A maior operadora de telecomunicações de Portugal fechou 2011 com um lucro líquido de 339 milhões de euros, com lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (Ebitda) de 2,1 bilhões de euros. Também foi registrada alta nos custos operacionais devido à consolidação da participação na Oi.
"A PT terá de manter uma forte disciplina operacional e de custos para gerar fluxo de caixa para que continuemos a honrar os nossos compromissos como sempre", disse o executivo à Reuters, antes de entrar na assembleia-geral de acionistas da PT que deverá reconduzi-lo para um novo mandato.
No entanto, Bava não revelou quais os novos compromissos irá assumir com os acionistas, especialmente a política de dividendos, esperada pelo mercado.
A Portugal Telecom é a empresa com o mais elevado 'dividend yield' entre as operadoras europeias, sendo que os analistas destacaram que para manter este nível, os dividendos que receberá da Oi nos próximos anos serão cruciais.
A Oi apresentou no dia 17 de Abril, em um evento para investidores, a sua política de dividendos para os próximos anos, com a distribuição aos acionistas de 8 bilhões de reais.
O presidente da Portugal Telecom considerou que o evento da Oi foi um "sucesso".
Zeinal Bava reiterou que, apesar da crise da dívida soberana em Portugal, a empresa tem as necessidades de financiamento totalmente asseguradas até ao final de 2013.