EXAME Fórum Saúde: José Ricardo Amaro e Daniel Coudry debatem no evento (Germano Lüders/Exame)
Júlia Lewgoy
Publicado em 12 de setembro de 2018 às 15h48.
Última atualização em 12 de setembro de 2018 às 15h49.
São Paulo - A maioria das empresas erra na tentativa de diminuir os elevados gastos com assistência médica. Com a gestão de saúde subestimada nas áreas de RH, aí mesmo é que os custos aumentam.
O alerta foi dado por especialistas em gestão de saúde durante o evento EXAME Fórum Saúde, realizado nesta quarta-feira (12), em São Paulo. Iniciativas isoladas de promoção da saúde dos funcionários pouco resolvem o problema de fato.
“Precisamos dar muito mais atenção para esse tema dentro das áreas de RH. O plano de saúde não pode ser administrado por um analista junior de benefícios”, disse José Ricardo Amaro, diretor de RH da Edenred, dona da Ticket e da Repom.
Para ele, a chave para reduzir a conta da saúde é tentar promover ações primárias de prevenção nas organizações, para evitar que problemas graves aconteçam. As empresas também precisam investir na figura do médico de família e em plataformas inteligentes para cruzar dados e chegar a diagnósticos mais precisos.
Para Daniel Coudry, diretor executivo de qualidade da Amil, os empresários precisam entender como o sistema de saúde funciona e se debruçar sobre os problemas da área.
Devem, ainda, incentivar os funcionários a entender o sistema de saúde, para tomarem decisões melhores. O médico de família pode ser uma espécie de guia do paciente.
“Antigamente, as operadoras eram valorizadas pelo tamanho do livrinho da rede credenciada. Hoje, nem livrinho temos mais. Somos valorizados para direcionar a pessoa para o lugar certo e pelo motivo certo. Precisamos navegar de maneira diferente”, disse.