Negócios

Por que o JBS pode estar blindado de contratempos em 2013

Companhia reverteu prejuízo apresentado um ano antes e somou lucro de R$ 948 milhões nos primeiros nove meses de 2012

Linha de produtos da Swift, do JBS (Divulgação/JBS)

Linha de produtos da Swift, do JBS (Divulgação/JBS)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 14h57.

São Paulo – Se 2011 não foi um ano tão positivo para os negócios do frigorífico JBS, neste ano, a companhia já provou que os números negativos ficaram para trás. Isso porque, até setembro, a empresa somou lucro de quase 950 milhões de reais, resultado bem diferente na comparação com o mesmo período de 2011, quando o prejuízo foi de mais de 100 milhões de reais.

Segundo Wesley Batista, presidente do frigorífico, o resultado apresentado pelo JBS dá orgulho e aponta que a companhia está no caminho certo. “Nossa estratégia é de sempre atingir o melhor resultado. Apesar de bons, acredito que a companhia tem potencial para entregar números ainda melhores. Estamos colhendo os frutos das aquisições relevantes que fizemos nos últimos anos”, afirmou o empresário em coletiva com analista e investidores, nesta quarta-feira.

Nos últimos anos, o JBS fez uma série de aquisições e, por algumas vezes, chegou a ser questionado no mercado se sua estratégia de crescer era mesmo eficiente e traria resultado. Somente, neste ano, a companhia comprou três novas plantas de abate, além de arrendar as operações da francesa Doux e estrear em um novo mercado no país: o de aves.

Com os novos investimentos no mercado brasileiro, o JBS acredita somar receita adicional de pelo menos 4,5 bilhões de reais e nem mesmo os contratempos desse tipo de negócio – como proibições de exportações de carnes e aumento do preço dos grãos - podem atrapalhar os planos do JBS de continuar a partir de agora a operar somente no azul.

“Seis novas plantas de abate devem entrar em operação no Brasil, isso vai permitir que a empresa abata 2 milhões de cabeças a mais a partir de 2013. Neste ano , já vamos abater 1 milhão de cabeças a mais na comparação com 2011”, afirmou Batista. Segundo ele, para o próximo ano, o cenário é muito mais otimista.


Veja, a seguir, quatro circunstâncias que devem ajudar o JBS a partir de agora: 

Expansão: entre os meses de novembro deste ano e abril do próximo ano, seis novas plantas do JBS vão entrar em operação. As unidades devem gerar um aumento de 15% na capacidade de abate das operações do JBS no Brasil. A fábricas estão localizadas nas cidades de Nova Andradina (MS), Vila Rica (MT), Senador Canedo (GO), Castelo dos Sonhos (PA), Pontes e Lacerda (MT) e Rolim de Moura (RO).    

Diversificação: em maio, o JBS arrendou as operações da Doux Frangosul no Brasil e estreou no mercado de aves no país. A operação somada à aquisição do frigorifico Independência vai gerar receita adicional de 4,5 bilhões de reais para a companhia. Mais recentemente, a empresa fortaleceu a operação com a compra da Agrovêneto, uma empresa especializada em carne de frango. De acordo com o JBS, seu braço de aves é voltado mais para atender o mercado externo - 75% da produção é exportada.

Poucas dívidas a vencer: além da expansão e diversificação, outro fator que deve favorecer o JBS é o vencimento de poucas dívidas em 2013. Dos 15,2 bilhões de reais que a companhia tem a vencer nos próximos anos, apenas 220 milhões de reais precisarão ser pagos no ano que vem.

Exportação: com nenhuma pedra no meio do caminho, o JBS aumentou suas exportações de carne em quase 8% no terceiro trimestre na comparação com o período anterior. O valor exportado pela companhia somou mais de 2,5 bilhões de dólares. Com as novas unidades em operação, o frigorífico planeja intensificar ainda mais os embarques.

 


 

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