Eike Batista: saindo do topo para a "classe média" dos bilionários mundiais (Mario Anzuoni/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2013 às 11h07.
São Paulo – Medido apenas pela sua riqueza, Eike Batista é hoje um relativo anônimo no mundo dos bilionários, com uma fortuna estimada em 6,1 bilhões de dólares pela agência de notícias Bloomberg. Trata-se de cinco vezes menos do que possuía em março de 2012, no seu auge, quando a tradicional revista americana Forbes o avaliou em 30 bilhões de dólares.
Em apenas um ano, Eike deixou o clube dos dez homens mais ricos do mundo (chegou a ser o sétimo) para submergir abaixo da 200ª posição. O episódio mais recente a atrapalhá-lo foi uma crise de confiança causada por ele próprio, ao vender 70,5 milhões de ações da OGX no final de maio.
Foi o estopim para o mercado se perguntar até onde é possível apostar em uma empresa da qual até o seu dono está vendendo participação. Quando abriu capital na bolsa, em 2008, Eike chegou a afirmar que a OGX seria uma “mini-Petrobras”.
Outras empresas do Grupo EBX mereceram deferências semelhantes. A mineradora MMX seria uma “mini-Vale”. A OSX, estaleiro e prestadora de serviços para a indústria petrolífera, seria uma “Embraer dos Mares”. Seu porto se tornaria a “Roterdã dos Trópicos”.
O fato é que, passada a euforia, os investidores começaram a cobrar resultados concretos, ao mesmo tempo em que muitos projetos das empresas apresentam atrasos de cronograma, prejuízos crescentes, e a demanda por investimentos permanece alta, em um momento de baixa geração de caixa. Trata-se de peso suficiente para afundar Eike na lista dos mais ricos do mundo.