Panamá: o FPB funcionava há 10 anos no Panamá, onde contava com apenas uma filial (Golden Brown/Thinkstock)
EFE
Publicado em 13 de abril de 2017 às 10h08.
Cidade do Panamá - A Superintendência de Bancos do Panamá informou nesta quarta-feira que ordenou a liquidação forçada do FPB Bank, instituição de capital brasileiro, apontado nas investigações da operação Lava Jato como plataforma para abertura de contas de estrangeiros sem autorização legal, segundo o órgão fiscalizador.
Em comunicado, a Superintendência disse que a medida foi adotada porque as condições que levaram à intervenção do FPB, em fevereiro, não foram sanadas, e, "portanto, não existem condições que propiciem uma reorganização do banco".
"A saúde dos principais ativos produtivos do FPB Bank, Inc., o risco reputacional, para além das investigações judiciais realizadas tanto no Panamá como no exterior, não permitem uma condição favorável para fazer um processo de reorganização ou venda do banco", ressaltou a Superintendência.
O órgão panamenho explicou que adotou a decisão de acordo com os resultados da avaliação financeira que realizou.
A intervenção do FPB foi anunciada pela Superintendência no dia 10 de fevereiro por causa de sua citação nas investigações da Lava Jato, que também têm como alvo o escritório de advocacia Mossack Fonseca, epicentro dos chamados Panama Papers.
O FPB funcionava há 10 anos no Panamá, onde contava com apenas uma filial, na exclusiva zona residencial de Punta Pacífica. A instituição tinha capital de US$ 13,6 milhões e um total de 44 funcionários, de acordo com a Superintendência.
O órgão fiscalizador anunciou também que designou Mauricio Rodríguez Vargas como liquidador e que pagará aos correntistas com menos de US$ 10 mil depositados a quantia total, depois de um relatório preliminar sobre a liquidação.