Ativistas do Greenpeace protestam na Alemanha contra as excessivas emissões de CO2 da Volkswagen (Fabian Bimme/Reuters)
AFP
Publicado em 3 de março de 2017 às 10h50.
Última atualização em 3 de março de 2017 às 10h58.
As emissões dos carros Volkswagen vendidos na Alemanha entre 2008 e 2015 que foram adulterados para parecer menos poluentes causarão 1.200 mortes prematuras na Europa, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira.
"Os pesquisadores acreditam que 1.200 pessoas na Europa morrerão de forma prematura, perdendo até uma década de vida, como resultado do excesso de emissões geradas", indicou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que participou no estudo.
Destas mortes, 500 ocorrerão na Alemanha e as demais nos países vizinhos como Polônia, França e República Tcheca, segundo o estudo publicado na revista Environmental Research Letters.
A mesma equipe de pesquisadores avaliou anteriormente que o excesso de emissões dos 482.000 carro adulterados da Volkswagen e vendidos nos Estados Unidos causariam 60 mortes prematuras nesse país.
O fabricante alemão admitiu em 2015 ter instalado um programa informático em 11 milhões de carros a diesel no mundo para falsear os resultados dos testes de emissões.
Os pesquisadores analisaram o impacto sanitário de 2,6 milhões de unidades adulteradas e vendidas na Alemanha pela Volkswagen sob as marcas VW, Audi, Skoda e Seat.
"A poluição do ar é alheia a fronteiras, as ultrapassa diretamente", indicou o coautor do estudo, Steven Barrett, do MIT.
"Por isso, um carro na Alemanha pode ter impactos significativos nos países vizinhos, especialmente nas zonas densamente povoadas como o continente europeu".