Obras de Angra 3: nº de funcionários que aderiu a demissão preocupou companhia, que já previa a necessidade de contratação de novos 240 funcionários para atuar na usina de Angra 3 (INFO)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2014 às 19h11.
Rio - O plano de desligamento voluntário da Eletronuclear poderá custar à a empresa, já em 2014, cerca de R$ 200 milhões.
A estimativa é do assessor da área técnica, Paulo Carneiro, que participou nesta manhã de seminário sobre o setor de energia nuclear.
Segundo ele, cerca de 640 funcionários aderiram ao plano. O volume preocupou a companhia, que já previa a necessidade de contratação de novos 240 funcionários para atuar na usina de Angra 3.
"Esperamos uma reposição quase integral desses funcionários, pois será preciso um esforço para a empresa operar Angra 3 sem ampliar o quadro de funcionários, com otimização dos seus processos", afirmou o executivo. "Entendemos que é perfeitamente possível sem ampliar o efetivo, com remanejamentos", completou.
Parte das demissões, em áreas não operacionais, acontecerá ainda em 2014, gerando o custo estimado de R$ 200 milhões. As demais serão feitas até dezembro de 2015.
A adesão chegou a 43% na área de engenheiros, o que preocupou a companhia. "Estamos fazendo um levantamento do conhecimento que pode ser retido para definir as datas. Há um gap", afirmou.
O executivo afirmou que até 13 de junho será concluído o cronograma das demissões e para o plano de gestão do conhecimento. Segundo Carneiro, há um concurso público previsto para a empresa ainda este ano, mas à espera de autorização da Eletrobras. A demanda projetada para a nova usina é de 245 funcionários.