Retorno: a baleia 'Tilikum', no Sea World, em março de 2011, na Flórida, um ano após tragédia (Gerardo Mora/Stringer/Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 11 de março de 2014 às 17h03.
São Paulo – Um legislador da Califórnia anunciou um projeto de lei na última sexta-feira que, se aprovado, pode transformar o pior pesadelo do Grupo Sea World em realidade.
Chamado “Orca Welfare and Safety Act”, ele propõe banir o uso de orcas mantidas em cativeiros para fins de entretenimento, o que afeta em cheio a atividades do parque aquático de San Diego.
Pelo projeto de lei, seria permitido apenas a manutenção dos animais em cativeiro para programas de pesquisa científica, conservação e reabilitação.
A iniciativa do legislador Richard Bloom foi inspirada pelo polêmico documentário “Blackfish”, que lança questionamentos a respeito da prática, entre eles, se o fato de manter baleias em cativeiro não pode encorajar atitudes agressivas dos animais.
Lançado em 2013, o filme teve como gancho a morte da treinadora Dawn Brancheau, que foi atacada em 2010 pela baleia orca Tilikum no parque Seaworld de Orlando, na Flórida, em frente aos espectadores.
O projeto de lei também coloca limites à procriação desses animais pelo SeaWorld, proibindo a inseminação artificial de orcas em cativeiro no interior do estado e impedindo a importação de sêmen de orca de outros estados americanos.
"Simplesmente não há justificativa para a exibição contínua de orcas em cativeiro para fins de entretenimento", disse Bloom aos jornais locais. "Estas criaturas bonitas são demasiado grandes e inteligentes para serem confinadas em pequenas piscinas de concreto para o resto de suas vidas."
Se o projeto for aprovado, o SeaWorld San Diego será forçado a trabalhar para reabilitar as orcas e devolvê-las à vida selvagem, quando possível, ou transferi-las para santuários oceânicos protegidos.