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Pilotos da Ryanair em Dublin convocam greve para o dia 20

A paralisação foi programada pela Associação de Pilotos Irlandeses de Companhias Aéreas e implica 28% do total de pilotos

Ryanair: segundo sindicato, a greve pode causar nesse dia "interrupções de voos" ou "substanciais perdas econômicas" para a companhia aérea (Simon Dawson/Bloomberg)

Ryanair: segundo sindicato, a greve pode causar nesse dia "interrupções de voos" ou "substanciais perdas econômicas" para a companhia aérea (Simon Dawson/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 17h44.

Dublin - Um grupo de pilotos da companhia aérea irlandesa Ryanair anunciou nesta terça-feira que convocou uma greve de um dia para 20 de dezembro, em protesto pela recusa da empresa a negociar com seus representantes sindicais.

A paralisação foi programada pela Associação de Pilotos Irlandeses de Companhias Aéreas (IALPA) e implica 28% do total de pilotos "contratados diretamente" pela Ryanair na sua base de operações de Dublin, segundo a companhia aérea.

O sindicato majoritário irlandês Impact, ao qual está filiada a IALPA, informou hoje que a greve poderia causar nesse dia "interrupções de voos" ou "substanciais perdas econômicas" para a companhia aérea.

"Com esta ação industrial esperamos apenas que a companhia reconheça os representantes independentes dos pilotos", explicou hoje Ashley Connolly, do sindicato Impact.

A companhia aérea líder na Europa no setor de baixo custo afirmou hoje em comunicado que a direção tentará fazer frente aos possíveis cancelamentos e criticou a medida tomada por este grupo de trabalhadores nos dias precedentes ao Natal.

"A Ryanair acredita que os possíveis cancelamentos estarão provocados por um número pequeno de pilotos que já apresentaram a solicitação de rescisão de contrato ou que preveem deixar a companhia em breve, razão pela qual pouco lhes importa os incômodos que causem aos seus companheiros e aos passageiros", indicou a empresa na nota.

Outro grupo de pilotos radicados na Irlanda já advertiu em outubro que queria negociar suas novas condições trabalhistas através do Conselho Representativo de Empregados Europeus (EERC), apesar de a Ryanair também não reconhecer esta organização sindical.

Com essa medida, os pilotos rejeitaram a mediação do Conselho Representativo de Empregados (ERC), a única organização com a qual aceita negociar a direção do Ryanair em cada uma das 87 bases de operações que tem na Europa.

A companhia aérea ofereceu uma melhoria das condições trabalhistas a seus pilotos, depois que erros na distribuição das suas férias e a saída de alguns profissionais a outras companhias lhe obrigassem a anunciar em setembro passado o cancelamento de mais de 20.000 voos.

A Ryanair reconhece somente o ERC e quer abordar a situação de trabalho de seus pilotos de acordo com as condições de cada base de operações, enquanto estes desejam ser representados pela ação coletiva do EERC.

No último dia 6 de outubro, a Ryanair ofereceu a seus pilotos aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho, superiores, segundo disse, às dos seus competidores, para estimulá-los a ficar na empresa, embora tenha advertido que qualquer negociação se desenvolveria com os órgãos de representação aprovados pela companhia aérea.

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