Philips: empresa passou por grande reestruturação para colocar a saúde entre suas atividades principais (Patrik Stollarz/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2014 às 10h22.
Amsterdã - A Philips advertiu que seu negócio de saúde não atingirá os lucros previstos, mas de alguma forma buscou tranquilizar os investidores ao afirmar que seu presidente-executivo se encarregará diretamente da unidade, que contribui com 40 por cento do faturamento da empresa.
A empresa, que recentemente passou por uma grande reestruturação para colocar a saúde entre suas atividades principais, junto com iluminação, disse que o lucro antes de juros, impostos e amortização da unidade irá decepcionar em torno de 220 milhões de euros (300,09 milhões de dólares), enquanto o Ebita do grupo ficará em linha com as previsões, em cerca de 400 milhões de euros.
Mas as ações da Philips subiram quase 1 por cento após o anúncio nesta terça-feira, no qual o presidente-executivo Frans van Houten disse que iria assumir o comando direto da divisão, com a atual chefe Deborah DiSanzo deixando a empresa.
"A reação rápida da empresa para um fraco desempenho de saúde no primeiro semestre mostra um senso de urgência", disse o analista Andreas Willi, do JPMorgan, em relatório.
O lucro abaixo do estimado é em parte resultado da decisão da Philips em janeiro de suspender a produção em uma fábrica em Cleveland, no Estado norte-americano de Ohio, depois de uma inspeção da fábrica pela agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, a FDA.
Um porta-voz da Philips disse que a interrupção da produção na unidade, que fabrica tomógrafos e produtos de medicina nuclear, irá custar à empresa entre 60 milhões a 70 milhões de euros no Ebita de 2014. Os resultados do segundo trimestre da Philips são esperados no dia 21 de julho.