Negócios

P&G registra vendas abaixo de estimativas pela 1ª vez em mais de um ano

Vendas líquidas aumentaram 4,6%, para 18,24 bilhões de dólares, abaixo da estimativa média de analistas de 18,37 bilhões

P&G: vendas no setor de produtos de beleza da empresa, que inclui a marca Gillette, aumentaram 2% (Brendan McDermid/Reuters)

P&G: vendas no setor de produtos de beleza da empresa, que inclui a marca Gillette, aumentaram 2% (Brendan McDermid/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 12h49.

São Paulo — A Procter & Gamble divulgou vendas trimestrais que ficaram aquém das estimativas dos analistas pela primeira vez em mais de um ano, afetadas pela fraqueza em seus negócios de produtos para bebês e cuidados femininos, que vendem de tudo, desde absorventes Tampax até fraldas Pampers.

A empresa tem investido muito no desenvolvimento de novos produtos, no aprimoramento de embalagens e em marketing, ao tentar atrair consumidores mais jovens e combater a concorrência da Unilever, da Reckitt-Benckiser e de empresas locais.

As vendas dos produtos de limpeza e cuidados domésticos da P&G, seu maior negócio, aumentaram 4%, para 5,79 bilhões de dólares, enquanto os produtos para bebês e femininos, apenas 1%, para 4,58 bilhões de dólares, ambos ficando aquém das estimativas.

Kevin Grundy, analista da Jefferies, disse que as expectativas de Wall Street foram baseadas no momento da empresa nos últimos cinco trimestres, mas os resultados modestos do segundo trimestre provavelmente serão recebidos com decepção.

"Bom trimestre, mas o nível comparativo foi alto", escreveu em nota aos clientes.

As vendas no setor de produtos de beleza da empresa, que inclui a marca Gillette, aumentaram 2%, para 1,65 bilhão de dólares, mas também ficaram abaixo das estimativas. A empresa recebeu uma cobrança de 8 bilhões de dólares no ano passado relacionada à unidade, que enfrenta a concorrência de rivais menores, como a Harry e o Dollar Shave Club.

A P&G, no entanto, elevou sua previsão para o ano fiscal de 2020 para um crescimento do lucro por ação para faixa de 8% a 11%, contra a faixa anterior de um aumento de 5% a 10%.

As vendas líquidas aumentaram 4,6%, para 18,24 bilhões de dólares, abaixo da estimativa média de analistas de 18,37 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

O lucro líquido atribuível à P&G aumentou 16,4%, para 3,72 bilhões de dólares no trimestre encerrado em 31 de dezembro. Excluindo itens únicos, o lucro de 1,42 dólar por ação superou a estimativa média de 1,37 dólar.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBelezaCosméticosP&G (Procter & Gamble)

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'