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PF vê 'organização criminosa' no PanAmericano

Segundo a Polícia Federal, a cúpula do PanAmericano se articulou para praticar crimes contra o sistema financeiro nacional

Polícia Federal enxerga tentativa de desvio de dinheiro na fraude contábil do Banco PanAmericano (Divulgação)

Polícia Federal enxerga tentativa de desvio de dinheiro na fraude contábil do Banco PanAmericano (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2010 às 08h11.

São Paulo - A Polícia Federal (PF) classifica a cúpula do PanAmericano de “verdadeira organização criminosa voltada para a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional”. A PF sustenta que os dirigentes do banco teriam “participado ativamente da arquitetura, execução e posterior compartilhamento do montante obtido ilicitamente com a fraude”.

Segundo a PF, fraudes em operações do PanAmericano não foram detectadas pelos dirigentes que tinham essa atribuição porque a intenção seria “desviar dinheiro, lesar o sistema financeiro nacional e acobertar o esquema delituoso”. A PF avalia que a destituição, em 9 de novembro, de sete diretores do banco reforça os indícios de que estariam envolvidos em fatos ilícitos - ata da reunião do Conselho de Administração do PanAmericano, registrada naquele dia, anuncia o afastamento dos executivos.

A PF investiga violação aos artigos 4.º, 6.º e 10.º da Lei 7492/86 (crimes contra o sistema financeiro) - gestão temerária, indução de investidor em erro, inserção de elemento falso em demonstrativos contábeis, gestão fraudulenta, além de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Os dirigentes do PanAmericano estão sob suspeita de assumirem “inconsistências contábeis no valor aproximado de R$ 2,5 bilhões as quais seriam resultado de divergências entre as demonstrações financeiras e a real situação patrimonial da entidade”. Para a PF, fatos identificados pelo Banco Central não poderiam ter resultado de falhas nos mecanismos de controle implementados justamente “para detectar eventuais inconsistências contábeis”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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