Correios: os fundos de pensão da estatal são investigados (Elza Fiuza/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 12 de abril de 2018 às 07h37.
Última atualização em 12 de abril de 2018 às 09h09.
São Paulo - A Polícia Federal cumpre 10 mandados de prisão preventiva em uma operação que apura irregularidades nos fundos de pensão dos Correios, o Postalis, e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), o Serpros, informou a PF em nota nesta quinta-feira.
De acordo com a corporação, além dos mandados de prisão, 140 policiais federais também cumprem 21 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal. São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção.
"Os ilícitos têm vinculação a investimentos malsucedidos que geraram prejuízos aos fundos de pensão Postalis e Serpros", disse a Polícia Federal em nota.
"As investigações apontam que valores oriundos dos fundos de pensão eram enviados para empresas no exterior gerenciadas por um operador financeiro brasileiro. As remessas, apesar de aparentemente regulares, referiam-se a operações comerciais e de prestação de serviços inexistentes. Em seguida, os recursos eram pulverizados em contas de doleiros também no exterior, que disponibilizavam os valores em espécie no Brasil para suposto pagamento de propina."
A operação foi batizada de Rizoma, uma espécie de caule que se ramifica sob a terra. De acordo com a PF, trata-se de uma referência ao processo de lavagem de dinheiro e ao entrelaçamento existente entre as empresas investigadas.
Também nesta quinta-feira, a PF deflagrou outra operação, batizada de Encilhamento, para investigar fraudes na aplicação de recursos de 28 institutos municipais de previdência. Neste caso, estão sendo cumpridos 60 mandados de busca e apreensão e 20 de prisão temporária nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Goiás.