BRF: a operação tem como alvo esquema de fraudes contra o Ministério da Agricultura supostamente praticados por empresas do grupo BRF (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de março de 2018 às 07h47.
Última atualização em 5 de março de 2018 às 13h05.
São Paulo — A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira, uma nova fase da Operação Carne Fraca que tem como alvo um suposto esquema de fraudes descoberto na empresa BRF, gigante do setor de carnes e processados.
Desde as 6h são cumpridos 91 mandados decretados pela Justiça Federal do Paraná. A ação foi chamada de Operação Trapaça. 11 pessoas estão com ordem de prisão temporária e 27 de condução coercitiva. Os policiais cumprem ainda 53 mandados de busca e apreensão em unidades da BRF – dona da Sadia e da Perdigão.
A terceira fase da Carne Fraca – a primeira foi deflagrada em março de 2017 – tem como alvo esquema de fraudes contra o Ministério da Agricultura supostamente praticados por empresas do grupo BRF.
Primeira etapa da Carne Fraca em 2018, a Trapaça não envolve crime de corrupção. As apurações decorrem das descobertas das investigações da PF da primeira e segunda fase que tinham dezenas de frigoríficos como alvos, entre eles unidades da BRF e JBS – outra gigante do setor, dona da Friboi.
Nas primeiras fases, deflagradas em 2017, foi descoberto esquema de corrupção envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura no Paraná e em outros Estados. As sentenças desses casos devem sair ainda neste ano.
Logo após a deflagração dessas primeiras etapas, as ações das duas gigantes dos alimentos desabaram: 10,59%, no caso da JBS; e 7,25% no da BRF.