Eike Batista: empresário mora numa casa no bairro do Jardim Botânico, na zona sul do Rio (Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 14h18.
Rio - A Polícia Federal no Rio de Janeiro informou ter cumprido nesta sexta-feira, 6, mandado de busca e apreensão na casa do empresário Eike Batista, conforme informou mais cedo o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Na ação policial, foram apreendidos sete veículos, sendo dois de luxo, quatro utilitários e um compacto.
O empresário mora numa casa no bairro do Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro.
Entre os carros, há um Porsche Cayenne branco e um Lamborghini Aventator LP700-4, na mesma cor.
Esse segundo veículo, modelo 2012, enfeitava a sala da casa de Eike.
Também foram apreendidos R$ 90 mil em dinheiro, computadores, celulares, entre eles o do empresário, e relógios.
Os mandados foram expedidos pelo juiz titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, como parte da decisão de bloquear ativos financeiros e bens móveis e imóveis de Eike e seus familiares, no valor de R$ 3 bilhões.
Na quinta-feira, 5, Souza afirmou ao Broadcast que uma das justificativas para o bloqueio foi o fato de o empresário, em meio à crise que atingiu suas companhias, ter feito doações a seus parentes.
Segundo o juiz, Eike doou seis imóveis em 2013 aos parentes, além de montantes em dinheiro.
Somente Thor, filho mais velho de Eike, recebeu R$ 137 milhões.
O bloqueio atinge Eike, dois filhos dele, Thor e Olin, a mulher Flávia Sampaio e a ex-mulher Luma de Oliveira.
A Justiça do Rio determinou o bloqueio no mês passado, medida que foi cumprida no início desta semana.
No ano passado, já tinham sido bloqueados R$ 239 milhões, mas o valor foi agora ampliado e a ação estendida aos familiares do empresário.
Inicialmente, Eike respondia a um processo, com duas acusações: manipulação de mercado e uso de informação privilegiada.
Segundo o juiz Souza, outros processos, vindos de São Paulo, estão sendo unificados, com outras três acusações: falsidade ideológica, formação de quadrilha e indução do investidor ao erro.
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) deve entregar as denúncias no próximo dia 11.