OGX: dentro do acordo com a Petronas, está a venda de participação de 40% pela OGX em dois blocos na Bacia de Campos (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 14h17.
Kuala Lumpur - A petroleira estatal malaia Petroliam Nasional (Petronas) informou nesta terça-feira que vai esperar por uma decisão da Justiça sobre o pedido de recuperação judicial da OGX antes de decidir sobre um acordo de 850 milhões de dólares com a companhia brasileira.
"No momento é uma questão muito sensível, já que eles já entraram com o pedido. Aguardaremos a decisão", disse o presidente-executivo da Petronas, Shamsul Azhar Abbas, em conferência sobre os resultados trimestrais da companhia.
"Não estamos em uma posição para dizer nada além disso".
A OGX, do ex-bilionário Eike Batista, que entrou com pedido de recuperação judicial no final do mês passado, disse recentemente que esperava que o acordo com a Petronas fosse para arbitragem.
Dentro do acordo com a Petronas, está a venda de participação de 40 por cento pela OGX em dois blocos na Bacia de Campos, incluindo o campo de Tubarão Martelo, onde a endividada OGX poderia iniciar a produção na segunda metade deste mês.
O campo é uma das alternativas da petroleira para gerar receita, num momento em que enfrenta sérias dificuldades de caixa.
Petronas tem lucro
A petroleira malaia divulgou um aumento de 16 por cento no lucro líquido no terceiro trimestre, beneficiada por uma demanda maior por óleo e um retorno à produção no Sudão do Sul.
O lucro líquido no período de julho a setembro da Petronas subiu para 14,47 bilhões de ringgits malaios (4,52 bilhões de dólares).
Níveis de produção maiores e ganhos cambiais devem impulsionar os resultados para o ano inteiro, disse o presidente-executivo nesta terça-feira.
A produção total doméstica e internacional da Petronas no trimestre alcançou 2,06 milhões de barris de óleo equivalente, ante 1,90 milhão no ano passado, à medida que a empresa retomava as operações no Sudão do Sul e aumentava a produção na Malásia, no Iraque e no Canadá.
Nos primeiros nove meses do ano a produção cresceu 6 por cento ante o mesmo período do ano passado.