Petrobras: os sindicatos querem a prorrogação do atual Acordo Coletivo de Trabalho até 31 de agosto de 2018 e a reposição da inflação nos salários
Reuters
Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 20h15.
Rio de Janeiro - A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne a maior parte dos sindicatos de funcionários da Petrobras, informou que se reuniu nesta quinta-feira com a petroleira para buscar uma retomada das negociações sobre o acordo trabalhista de 2016.
No fim de dezembro, 10 dos 13 sindicatos filiados à federação aprovaram o início de uma greve, sem registro de grande adesão dos trabalhadores e encerrada poucos dias depois, para uma avaliação do movimento.
O coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, explicou à Reuters que a reunião desta quinta-feira foi para apresentar ao setor de Recursos Humanos as demandas da categoria.
Dentre elas, os sindicatos querem a prorrogação do atual Acordo Coletivo de Trabalho até 31 de agosto de 2018 e a reposição da inflação nos salários.
"A escalada neoliberal instalada, que, entre outros ataques, vem para retirar direitos da classe trabalhadora, norteou a FUP a reivindicar a prorrogação do atual acordo até 31 de agosto de 2018", disse a FUP, em uma nota publicada em seu site.
A empresa chegou a propor opção de redução da jornada diária de trabalho de 8 para 6 horas, mediante redução de 25 por cento da remuneração, para empregados em horário flexível e sem função gratificada. Além disso, está oferecendo reajuste salarial abaixo da inflação de 2016.
Após a aprovação da greve, a Petrobras chegou a pedir uma mediação ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), como forma de buscar avanços nas discussões, mas que foi negado.
Procurada, a empresa não respondeu aos pedidos de comentários nesta quinta-feira.
Em posicionamento no fim de dezembro, a empresa afirmou que haviam sido realizadas diversas reuniões e apresentadas quatro propostas, que buscaram atender às demandas dos sindicatos dentro das limitações financeiras da Petrobras.