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Petroleiros na Bacia de Campos aprovam greve a partir de sexta

Em sua última proposta, a Petrobras ofereceu reajuste em 6% no salário básico e na tabela RMNR, retroativo a setembro de 2016

Greve: a Bacia de Campos é responsável atualmente por quase 60% da produção brasileira de petróleo (Germano Lüders//Exame)

Greve: a Bacia de Campos é responsável atualmente por quase 60% da produção brasileira de petróleo (Germano Lüders//Exame)

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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 18h34.

Rio de Janeiro  - Os funcionários da Petrobras na Bacia de Campos, principal produtora do país, aprovaram em assembleias o indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para a realização de uma greve a partir de 23 de dezembro, informou nesta quinta-feira o Sindipetro Norte Fluminense, em nota.

"O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) já protocolou na Petrobras o aviso de greve. Os trabalhadores estão em campanha salarial e rejeitaram a proposta da empresa também nas assembleias", afirmou na nota.

A Bacia de Campos é responsável atualmente por quase 60 por cento da produção brasileira de petróleo.

Em sua última proposta, a Petrobras ofereceu reajuste em 6 por cento no salário básico e na tabela RMNR, retroativo a setembro de 2016, acrescido de 2,8 por cento em fevereiro, sem retroatividade.

Entretanto, as cláusulas financeiras não são o principal questionamento dos petroleiros.

Para o Sindipetro-NF, a Petrobras está descumprindo um termo aditivo recém-adicionado ao Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2017 sobre o Adicional de Tempo de Serviço da Fafen/PR.

"Tal atitude coloca em cheque os futuros acordos firmados pela empresa", afirmou o sindicato na nota.

Além disso, a empresa propôs mudanças relacionadas à redução de jornada de trabalho com redução de salário, quando os sindicatos entendem que não é o momento correto para isso.

"Para a FUP essa questão deve ser tratada na Comissão de Regime de Trabalho", afirmou.

Para os petroleiros do Norte Fluminense, as mobilizações indicadas também terão o caráter protestar contra a venda de ativos da empresa.

Petrobras tem como meta vender 15,1 bilhões de dólares no biênio 2015/2016, dos quais cerca de 13 bilhões já foram anunciados, enquanto luta para reduzir seu enorme endividamento, um dos maiores da indústria petroleira em todo o mundo.

Procurada nesta quinta-feira, a Petrobras não respondeu imediatamente o pedido de comentários.

Quando o Conselho da FUP aprovou os indicativos de rejeição da proposta e paralisações, na semana passada, a Petrobras afirmou em nota reconhecer a importância do diálogo e declarou que buscou um acordo na mesa de negociação.

"Ao longo do processo, a empresa realizou avanços, atendendo às principais demandas das entidades sindicais. Deste modo, a companhia apresentou sua proposta final, considerando-a justa e equilibrada com base na atual situação financeira da empresa", afirmou a petroleira.

Em um resultado parcial publicado nesta semana, a FUP -que representa 14 sindicatos- informou que um grande número de assembleias pelo país estavam aprovando os indicativos.

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