Negócios

Petroleira Equinor enfrenta atrasos e mais custos com Covid-19 no Brasil

A Equinor está reduzindo a atividade offshore no Brasil diante do contínuo avanço da Covid-19 no país

Plataforma de petróleo da Equinor na Noruega: para presidente da petroleira norueguesa, ainda há muitas incertezas no enfrentamento à pandemia no Brasil (Nerijus Adomaitis/File Photo/Reuters)

Plataforma de petróleo da Equinor na Noruega: para presidente da petroleira norueguesa, ainda há muitas incertezas no enfrentamento à pandemia no Brasil (Nerijus Adomaitis/File Photo/Reuters)

LB

Leo Branco

Publicado em 29 de abril de 2021 às 13h54.

A Equinor está reduzindo a atividade offshore no Brasil diante do contínuo avanço da Covid-19 no país.

A maior petrolífera norueguesa, que opera o campo de Peregrino, decidiu limitar a atividade pois a pandemia aumentou os custos do projeto. Por enquanto, a empresa também não planeja iniciar o Peregrino 2, disse o CEO da Equinor, Anders Opedal, em entrevista.

“A Covid-19 atingiu o Brasil com muita força, por isso reduzimos nossa atividade ao mínimo para cuidar de nossos funcionários e fornecedores”, disse Opedal.

Antes da pandemia, a expectativa era de que a operação Peregrino 2 da Equinor, avaliada em US$ 3 bilhões, fosse iniciada dentro desse orçamento no fim do ano passado. Mas agora a empresa norueguesa, que produz petróleo pesado desde a primeira fase do Peregrino 1 em 2011, não sabe quando nem a que custo o projeto entrará em operação.

“A produção não vai começar este ano. Ainda haverá grande incerteza nos próximos meses no Brasil”, disse Opedal. “Felizmente, vemos que o número de infecções e o número de mortes estão diminuindo. Com isso, vamos recuperar gradualmente a atividade.”

O campo de Peregrino, que é a maior operação da Equinor fora da Noruega, está localizado a cerca de 85 quilômetros da costa do Brasil. O Peregrino está paralisado desde abril de 2020 devido a problemas de corrosão que a empresa não conseguiu resolver, porque o acesso ao local não é permitido à equipe e após focos de Covid-19 entre os próprios funcionários.

“Houve muito pouco progresso no projeto no ano passado, porque não podemos ter pessoas offshore”, disse Opedal em conferência de imprensa após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre. “Tivemos muitos surtos de Covid-19 no flotel.”

Na quinta-feira, a Equinor divulgou os resultados financeiros mais fortes desde 2014 e anunciou aumento dos dividendos pelo terceiro trimestre seguido. No entanto, a produção total de petróleo e gás no primeiro trimestre diminuiu ligeiramente em relação ao mesmo período do ano passado, devido em grande parte à produção paralisada em Peregrino.

O projeto Peregrino 2 deveria estender a vida útil do campo de Peregrino, que tem capacidade de produção de 100 mil barris por dia, adicionando de 250 milhões a 300 milhões de barris de petróleo recuperável. A Equinor controla 60% do campo, juntamente com a chinesa Sinochem.

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

Acompanhe tudo sobre:BloombergIndústria do petróleoPandemiaPetróleo

Mais de Negócios

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg