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Petrobras volta a elevar aportes e projeta alta em produção

O ligeiro aumento nos investimentos difere da situação registrada no ano passado, quando a Petrobras cortou em 25% os aportes ante o programa anterior

Petrobras: a empresa prevê que seu endividamento líquido cairá para 77 bilhões de dólares (Mario Tama/Getty Images)

Petrobras: a empresa prevê que seu endividamento líquido cairá para 77 bilhões de dólares (Mario Tama/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 16h04.

São Paulo - A Petrobras elevou nesta quinta-feira a previsão de investimentos entre 2018 e 2022 para 74,5 bilhões de dólares, de 74,1 bilhões no plano anterior (2017 a 2021), enquanto projeta um aumento de cerca de 30 por cento na produção de petróleo e gás no período do programa e uma redução da dívida líquida no próximo ano.

Do montante estimado nesta quinta-feira, 60,3 bilhões de dólares serão para a área de Exploração & Produção e outros 13,1 bilhões para Refino e Gás Natural, no período de 2018 a 2022. O investimento total é 0,5 por cento maior frente o plano de 2017 a 2021.

O ligeiro aumento nos investimentos difere da situação registrada no ano passado, quando a Petrobras, que está saindo de uma crise gerada por um escândalo de corrupção, cortou em 25 por cento os aportes ante o programa anterior.

"A carteira de investimentos do PNG (Plano de Negócios e Gestão) 2018-2022 mantém o mesmo nível de investimentos em relação ao PNG 2017-2021 e continua priorizando os projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil", afirmou a petroleira.

Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento de petróleo e gás natural, afirmou a companhia, reforçando o foco em exploração e produção.

O programa de parcerias e desinvestimentos, parte importante do plano para a empresa, foi mantido em 21 bilhões de dólares para o período 2017-2018.

Produção

A Petrobras projeta produção de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2018, quantidade que deve ir a 3,55 milhões de boed até 2022.

No plano anterior, a estatal previa 2,62 milhões de boed em 2017 e aumento para 3,41 milhões de boed até 2021 --pelos dados mais recentes, a Petrobras produziu um total de 2,72 milhões de boed em novembro.

Ainda de acordo com a petroleira, sua produção de petróleo no Brasil deve sair de 2,1 milhões em 2018 para 2,9 milhões de boed até 2022, "já considerando os investimentos, as parcerias e os desinvestimentos".

Em novembro, a empresa produziu 2,13 milhões de barris de petróleo no Brasil, em média.

Em seu plano, a Petrobras destaca que o aumento de produção previsto leva em consideração a entrada de 19 novos sistemas até 2022, sendo oito deles apenas em 2018, o que deve contribuir para um salto na produção até 2019.

A companhia não divulgou quanto esse volume deve subir de 2018 para 2019 após a entrada em operação dos novos sistemas, mas destaca que será o maior incremento no período de cinco anos considerado no novo plano.

Dívida

A Petrobras prevê que seu endividamento líquido cairá para 77 bilhões de dólares até o quarto trimestre de 2018, de 88 bilhões de dólares no terceiro trimestre deste ano.

Embora o recuo não deva ser suficiente para que a companhia deixe de ter a maior dívida global do setor, tende a ajudar na sua desalavancagem. Pelas projeções da empresa, a relação entre dívida líquida e Ebitda Ajustado deve sair de 3,2 vezes no último trimestre para 2,5 vezes em 2018.

Até 2022, a Petrobras quer o "indicador convergindo para a média mundial das principais empresas de óleo e gás classificadas como 'investment grade'", afirmou a empresa em apresentação.

Em paralelo, a Petrobras prevê uma recuperação nos preços do petróleo Brent até 2022, saindo de uma média de 53 dólares por barril em 2018 para 73 dólares cinco anos depois.

O cenário da estatal ocorre em meio à extensão do pacto global de corte de produção liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep e Rússia) até o fim de 2018.

Já o dólar deve saltar de uma média de 3,44 reais em 2018 para 3,80 reais em 2022, segundo a Petrobras.

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