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Petrobras vê produção abaixo do previsto no 2º semestre

Uma das razões apontadas pela estatal é a identificação tardia de corais, que ocasionou alteração do arranjo submarino, o que interfere na operação da P-63


	Petróleo: a Petrobras informou também que o declínio natural dos campos em produção nos últimos 12 meses ficou em 9%, abaixo dos 10% a 11% esperados
 (Divulgação/Petrobras)

Petróleo: a Petrobras informou também que o declínio natural dos campos em produção nos últimos 12 meses ficou em 9%, abaixo dos 10% a 11% esperados (Divulgação/Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 12h23.

Rio - A produção da Petrobras no segundo semestre ficará abaixo do previsto, informou a estatal na apresentação de resultados do terceiro trimestre. A companhia apontou uma série de razões para isso. A identificação tardia de corais ocasionou alteração do arranjo submarino, o que interfere na operação da P-63, na área de Papa-Terra. A previsão é de que a plataforma comece a produzir em 31 de outubro.

Houve também um atraso da Subsea 7 na entrega e instalação dos sistemas de coleta do FPSO Cidade de São Paulo (Sapinhoá). Já a limitação dos navios PLSVs (barcos de lançamento de linhas) em decorrência de dificuldades de contratação no Brasil em 2010 e 2011, por conta da discussão em torno do conteúdo local, afetou a interligação de poços.

O diretor de Exploração e Produção, José Miranda Formigli, disse, porém, que os problemas com atrasos que resultaram em produção abaixo do previsto "já vêm sendo superados". Segundo ele, a tendência é de um aumento "bastante significativo" de produção no quarto trimestre, com uma diferença relevante ao longo de 2014, em relação a 2013.

A Petrobras informou também que o declínio natural dos campos em produção nos últimos 12 meses ficou em 9%, abaixo dos 10% a 11% esperados. A conclusão de seis novas unidades do quarto trimestre deve contribuir para o crescimento sustentado da produção em 2014.


Libra

Formigli disse que a Petrobras não vai postergar projetos em razão da entrada da área gigante de Libra, leiloada na semana passada, da qual a estatal terá 40%, ao lado de Total, Shell, CNPC e CNOOC. "Não estamos falando em substituir projetos", disse. "Não significa atraso de qualquer projeto como já previsto no plano de negócios 2013-2017".

Segundo ele, Shell e Total trarão expertise, especialmente em águas profundas, e as chinesas CNOOC e CNPC trarão "principalmente robustez financeira" ao consórcio.

Investimentos

Os investimentos da Petrobras somaram R$ 69,3 bilhões entre janeiro e setembro de 2013, cifra 16% superior ao volume desembolsado no mesmo período do ano passado. O acompanhamento físico e financeiro de 165 projetos mostra que 97,7% dos avanços físicos previstos para o ano e 97,8% dos avanços financeiros foram completados.

O programa de redução de custos operacionais atingiu, até setembro, 122% da meta anual, somando R$ 4,8 bilhões. A redução de custos prevista era de R$ 2,8 bilhões no período, referente a 70% da meta para 2013 (R$ 3,9 bilhões). De acordo com o gerente executivo de Desempenho da estatal, Mário Jorge da Silva, o resultado acima do esperado se deve a maior produtividade. Silva lembra que metas previstas para 2014 já foram alcançadas este ano, o que resultou em redução de custos.

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