No ano passado, a Petrobras investiu cerca de US$ 45 bilhões (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2011 às 18h26.
São Paulo - O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras Almir Barbassa, disse hoje que a estatal tem em caixa US$ 35 bilhões. Segundo ele, este é o valor próximo à média anual de US$ 31 bilhões relativos à geração de caixa nos últimos cinco anos. Barbassa afirmou que, dos US$ 55 bilhões projetados para investimentos em 2011, de 10% a 15% não devem ser executados. De acordo com ele, esta é uma prática normal adotada pela estatal na gestão anual de seus investimentos. No ano passado, a Petrobras investiu cerca de US$ 45 bilhões.
Barbassa ressaltou que para a produção dos cinco bilhões de barris de petróleo relativos à cessão onerosa do pré-sal devem ser investidos US$ 8 bilhões até 2014. Contudo, como a previsão é de que o início da produção do pré-sal ocorra em 2015, "mais US$ 2 bilhões poderiam ser agregados a esses investimentos, totalizando US$ 10 bilhões, o que seria factível", disse o executivo.
Barbassa afirmou que a estatal pode voltar ao mercado de títulos de dívida internacionais neste ano. "Podemos captar em iene ou euro ou libra esterlina. Mas não há nenhuma definição de volume, data ou moeda", disse. "Mas certamente não vamos captar mais em dólares neste ano, pois obtivemos recentemente US$ 6 bilhões (em janeiro) em bonds", afirmou.
De acordo com Barbassa, a eventual decisão de fazer mais captações externas neste ano, que exclui obter recursos em dólares, faz parte de uma política de diversificação da empresa que não está relacionada com o enfraquecimento da moeda norte-americana em relação a divisas de países desenvolvidos.
Barbassa também afirmou hoje que, após o fim dos conflitos no Norte da África e Oriente Médio, o preço do barril do petróleo deverá oscilar entre US$ 80 e US$ 100 ainda este ano. Isso significa, na prática, uma redução do preço do petróleo. Barbassa disse que apesar dessa expectativa, a tendência é de apreciação dos preços do petróleo nos próximos anos, especialmente em função do aquecimento da economia mundial, inclusive com a evolução da economia dos países emergentes. O executivo participou hoje do Brazil Economic Summit, promovido pela Bloomberg.