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Petrobras tem novo problema com refinaria

Conforme a estatal, houve na madrugada desta sexta-feira uma parada nas unidades de processo da Reduc por causa de uma falha

Petrobras: para diretor do sindicato, a interrupção na Reduc é resultado do enxugamento do quadro de profissionais (Germano Lüders/Exame)

Petrobras: para diretor do sindicato, a interrupção na Reduc é resultado do enxugamento do quadro de profissionais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 17h42.

São Paulo- Um dia após retomar as operações na Refinaria de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo, a Petrobras voltou a ter problemas em outra planta de refino, a Reduc, em Duque de Caxias (RJ), que segue paralisada, disseram sindicatos.

Conforme a estatal, houve na madrugada desta sexta-feira uma parada nas unidades de processo da Reduc por causa de uma falha no fornecimento de energia, "sem impacto às pessoas ou ao meio ambiente".

À Reuters, o diretor do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro Caxias), Simão Zanardi, disse que o problema aconteceu às 3h.

"Teve uma variação na casa de força, os operadores não conseguiram controlá-la e, então, as caldeiras pararam. Quando elas pararam, acabou o fornecimento de energia e houve um blecaute", explicou o sindicalista.

Para ele, a interrupção na Reduc é resultado do enxugamento do quadro de profissionais e também da falta de manutenção dos equipamentos, um argumento que tem sido apresentado por sindicatos de funcionários de refinarias periodicamente.

Conforme Zanardi, a Reduc pode voltar a operar à noite, mas ainda assim longe da capacidade total. Isso porque os trabalhos são retomados aos poucos e dependem de análises laboratoriais sobre os derivados produzidos.

Em todo o polo petroquímico de Duque de Caxias trabalham 15 mil pessoas, sendo pouco mais de 3 mil só na Reduc, entre empregados próprios e terceirizados, disse Zanardi.

Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras não respondeu imediatamente sobre as críticas feitas pelo sindicato sobre a alegada redução de pessoal e falta de manutenção de equipamentos.

A empresa também não fez atualizações sobre como está a situação na refinaria.

Em nota divulgada pela manhã, disse que "a causa da ocorrência está sendo investigada e a refinaria já se encontra em processo de normalização da produção".

Segundo problema no mês

A parada nas operações da Reduc se segue a uma interrupção na Replan, na região de Campinas (SP), ocorrida na quarta-feira da semana passada e que só foi normalizada mais de uma semana depois, no dia 9, segundo o Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP).

A assessoria de imprensa da Petrobras confirmou que a Replan já está operando "100 por cento", mas não precisou a data de quando isso ocorreu.

Ainda de acordo com a estatal, "não houve impacto no mercado de derivados por causa dos problemas na Replan e na Reduc".

A Replan é a maior refinaria do Brasil, com capacidade para processar o equivalente a 415 mil barris de petróleo.

Já a Reduc pode refinar 239 mil barris por dia. Inaugurada em 1961, a refinaria possui 43 unidades de processos e atende os mercados de Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul.

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