Houston - A Petrobras encontrou um problema em seus trabalhos iniciais de desenvolvimento nos campos de águas profundas Cascade e Chinook, na parte norte-americana do Golfo do México, de acordo com os órgãos reguladores dos Estados Unidos. O Escritório de Administração, Regulação e Execução de Energia Oceânica informou que um tanque de flutuação de aço, conhecido como "buoyancy can", se soltou de um dos tubos de ligação entre poços de petróleo e gás no fundo do oceano e uma embarcação de produção flutuante. O tanque de flutuação é um dispositivo que ajuda a manter o tubo, chamado de riser, na profundidade desejada. A Petrobras relatou o incidente ao escritório no dia 23 de março.

O órgão afirmou que não havia nenhuma presença de petróleo, tendo em vista que o riser não estava em funcionamento. O tanque de flutuação foi recuperado mais tarde. O escritório disse ainda que ainda estava investigando o incidente.

A Petrobras não pôde ser contactada para comentar sobre o assunto. Não está claro se o incidente resultará em atrasos no início do desenvolvimento do projeto de Cascade e Chinook, que recebeu no mês passado aprovação do escritório para empregar uma embarcação do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading) pela primeira vez no Golfo do México.

Ao contrário das plataformas flutuantes de produção, que coletam óleo e o enviam por terra através de um gasoduto, as FPSOs descarregam o petróleo em navios projetados para o transporte da commodity. Isso permite que as companhias de petróleo mantenham a produção de óleo em áreas onde não existem gasodutos e movam suas instalações quando uma tempestade se aproxima. Quando o escritório concedeu a autorização ao projeto de Cascade e Chinook, ele disse que a produção seria iniciada "no futuro próximo". As informações são da Dow Jones.