Petrobras: a negociação com a Statoil marcou a venda, pela Petrobras, da primeira grande área do pré-sal incluída no plano de desinvestimentos da estatal
Reuters
Publicado em 22 de novembro de 2016 às 20h44.
São Paulo - A Petrobras informou que finalizou nesta terça-feira a operação de venda de sua participação de 66 por cento no bloco exploratório BM-S-8 para a Statoil Brasil Óleo e Gás, unidade da companhia norueguesa Statoil.
A operação, anunciada em 29 de julho, foi concluída com o pagamento, ocorrido nesta terça-feira, de 1,25 bilhão de dólares, correspondente a 50 por cento do valor total da transação.
No BM-S-8, na Bacia de Santos, está a promissora reserva de Carcará. A negociação com a Statoil marcou a venda, pela Petrobras, da primeira grande área do pré-sal incluída no plano de desinvestimentos da estatal, que visa colaborar com o programa de redução de endividamento da companhia.
A conclusão da negociação se deu após o cumprimento de todas as condições precedentes previstas no contrato, como a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), segundo a Petrobras.
Conforme informado anteriormente, o restante do valor será pago por meio de parcelas contingentes relacionadas a eventos subsequentes, como, por exemplo, a celebração de um Acordo de Individualização da Produção (unitização).
A reserva de Carcará avança para áreas da União que deverão ser leiloadas no próximo ano.
A parcela do prospecto de petróleo de Carcará que será licitada no 2º leilão de Partilha, em 2017, tem 2,2 bilhões de barris de petróleo "in situ", o que indica uma reserva gigante, na avaliação da ANP.
A petroleira Statoil está interessada em comprar essa parte da área de Carcará que ainda pertence à União, afirmou o presidente da companhia no Brasil, Pål Eitrheim, em evento recente no Brasil, o que permitiria à companhia otimizar sua operação na área no futuro.
A Statoil será operadora do BM-S-8 e terá como sócias a Petrogal Brasil (com fatia de 14 por cento), Queiroz Galvão Exploração e Produção (com 10 por cento) e Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (com 10 por cento).