A presidente da Petrobras disse que as reservas da área do chamado pré-sal ''têm potencial acima do esperado'' (Roosewelt Pinheiro/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2012 às 20h06.
Brasília - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta quarta-feira que a empresa está em busca de parceiros com experiência na área de refino, e lamentou a demora da venezuelana PDVSA em formalizar sua participação na Refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco.
''Com certeza, temos (despertado) o interesse de sócios e parceiros, mas isso (os nomes) é absolutamente confidencial'', declarou a jornalistas após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados.
Segundo Graça Foster, a Petrobras estuda atualmente o perfil dos interessados para começar as possíveis negociações no futuro.
A presidente da Petrobras disse que as reservas da área do chamado pré-sal ''têm potencial acima do esperado'', o que deve levar o país a aumentar sua atual capacidade de refino.
''Se encontrarmos bons sócios, com experiência em refino - coisa que não temos - certamente sentaremos para conversar'', afirmou Graça Foster. Além disso, a executiva declarou que a estatal venezuelana PDVSA continua sendo uma sócia potencial, com a qual está negociando.
A executiva disse que seria ''muito importante'' a formalização da participação da empresa venezuelana na Refinaria Abreu e Lima, pois ''tem mais experiência em refino''.
''Lamento que ela ainda não esteja conosco'', declarou Graça Foster.
Há sete anos, as duas empresas entraram em acordo para construir de forma conjunta a refinaria, que terá capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia.
No entanto, a Petrobras começou as obras em 2007 com recursos próprios e, desde então, espera que a PDVSA se faça presente e assuma sua parte na dívida contraída com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar o projeto.
Para entrar na sociedade, a PDVSA deve adquirir 40% das ações da refinaria, assim como se responsabilizar pelo mesmo percentual da dívida contraída, além da parte que lhe corresponde nos gastos já assumidos pela Petrobras nas obras.
A PDVSA e o próprio presidente venezuelano, Hugo Chávez, reafirmaram em diversas ocasiões o interesse em participar das obras, mas a empresa ainda precisa apresentar as garantias bancárias necessárias junto ao BNDES. A companhia venezuelana deverá apresentá-las até o próximo mês de novembro, de acordo com o prazo estipulado pela Petrobras.