A proibição ameaça afetar 7 das 66 plataformas da Petrobras perfurando poços na costa brasileira (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2012 às 12h10.
Rio de Janeiro - A Petróleo Brasileiro SA corre o risco de perder 11 por cento de sua frota de sondas de perfuração por conta da decisão da Justiça de suspender as atividades da Transocean Ltd. no país. É mais uma barreira ao desenvolvimento do pré-sal.
Em 31 de julho, a Justiça concedeu uma liminar determinando que a Transocean, maior do mundo em perfuração de poços de petróleo em alto mar, suspenda suas atividades em até 30 dias após uma de suas plataformas se envolver no derramamento de petróleo no campo Frade, operado pela Chevron Corp. A proibição ameaça afetar 7 das 66 plataformas da Petrobras perfurando poços na costa brasileira, onde há reservas de mais de 50 bilhões de barris de petróleo.
A Petrobras reduziu sua meta de aumento de produção dentro do escopo do plano de investimentos de US$ 236,5 bilhões anunciado em junho, em parte por conta da demora na aquisição dos equipamentos necessários para perfurar poços em águas profundas. A companhia, sediada no Rio de Janeiro, deve anunciar amanhã uma queda de 70 por cento em seu lucro líquido ajustado no segundo trimestre, segundo mediana das estimativas de 10 analistas consultados pela Bloomberg. O resultado virá após a companhia não atingir suas metas de produção no trimestre.
A Transocean é “um dos principais fornecedores de sondas para a Petrobras”, disse Scott Gruber, analista da Sanford C. Bernstein & Co. em Nova York, em entrevista por telefone. “Isso colocaria ainda mais em risco as já revisadas metas de produção futuras.”