Graça Foster: "se não fosse pelo Plano de Incentivo à Demissão Voluntária e outros efeitos menores teríamos um lucro líquido neste primeiro trimestre de 7 bilhões", disse a presidente da Petrobras (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2014 às 15h04.
Rio de Janeiro - Na avaliação da presidenta da Petrobras, Graça Foster, a estatal teria fechado o 1º trimestre deste ano com lucro líquido de cerca de R$ 7 bilhões, caso não tivesse sofrido os impactos do provisionamento de R$ 2,4 bilhões, feito para cobrir os custos que a empresa teve com o Plano de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), e de R$ 3,2 bilhões, feito no 4º trimestre do ano passado para pagamento de juros sobre capital próprio. Caso alcançado, o resultado estaria em linha com o do último trimestre do ano passado.
“A queda entre um trimestre e outro [do lucro líquido] decorreu de diversos pequenos fatores", disse Graça Foster. "Se não fosse pelo PIDV e outros efeitos menores teríamos um lucro líquido neste primeiro trimestre de 7 bilhões, em linha com o lucro líquido do primeiro trimestre de 2013, que foi 7,7 bilhões”.
A presidenta da estatal falou hoje (12) a analistas de mercado e investidores da empresa e detalhou o resultado divulgado na última sexta-feira (9), pela companhia, que apontou para lucro líquido de R$ 5,4 bilhões, no primeiro trimestre do ano. O resultado é 14% inferior ao último trimestre do ano passado.
Graça lembrou que 8,3 mil empregados aderiram ao programa de demissão incentivada e que o programa faz parte “do esforço global da estatal para redução de custos que, no longo prazo, representará um corte de 12,4% na despesa com pessoal, com previsão de economia de R$ 13 bilhões até 2018”.
Sobre as recentes denúncias de irregularidades em aquisições e contratações feitas pela companhia, Graça Foster disse que a empresa tem cinco investigações em curso, no âmbito interno, para apurar e elucidar as acusações. “Estão em funcionamento comissões para apurar denúncias de irregularidades em contratos com a Astromaritima Navegação, com as refinarias do Comperj e a Abreu Lima e com a compra de Passadena”.
Graça Foster disse que a Petrobras não comprovou indícios de pagamento de suborno das denúncias envolvendo a holandesa SBM. Sobre a refinaria de Pasadena, na cidade texana de Houston, Graça disse que a empresa deve concluir a investigação interna em um curto espaço de tempo.