Plataforma em Campos: a empresa ressaltou ter 40 bilhões de reais em caixa (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 20h09.
São Paulo - A Petrobras negou nesta quinta-feira que esteja atrasando pagamentos a fornecedores, prestadores de serviços e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, e afirmou que não está sofrendo com problemas de caixa.
Em nota, a empresa nega o conteúdo de reportagem publicada pela Reuters, que apurou que a estatal tem atrasado pagamentos a fornecedores e provocado dificuldades financeiras na cadeia de prestadores de serviços.
"Os pagamentos dos compromissos reconhecidos pela Petrobras são realizados de acordo com os prazos estabelecidos contratualmente", disse a Petrobras em nota, reiterando posição manifestada anteriormente pela assessoria de imprensa à Reuters.
A empresa destacou ainda que "não enfrenta problemas de caixa, cujo saldo ultrapassa 40 bilhões de reais".
A companhia lembrou que, eventualmente, as empresas contratadas apresentam pleitos de pagamentos adicionais, que não representam a existência de dívida por parte da companhia.
Os pleitos, segundo a empresa, são submetidos à avaliação técnica por uma comissão constituída para este fim, bem como a uma avaliação jurídica. "Após a conclusão deste processo, que é conduzido de acordo com contrato e com a legislação vigente, a negociação é submetida à aprovação das instâncias corporativas competentes." Segundo a Petrobras, "estes procedimentos são aplicados há muito tempo pela Companhia" e não estão relacionado ao recente programa de redução de custos lançado pela empresa.
"A Petrobras também esclarece que o Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop) não tem relação com pagamento a fornecedores. O programa tem como escopo um conjunto de iniciativas que tratam especialmente do aumento da produtividade nos processos operacionais da Companhia, como redução de consumo e aumento de eficiência."
Sobre Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) citados na reportagem, a companhia ressaltou que não interfere na relação entre os fornecedores cedentes de crédito e os FIDCs que adquirem os créditos, "não se envolvendo, portanto, nas discussões sobre cumprimento ou não de cláusulas contratuais entre os fornecedores e os FIDCs".