Plataforma da Petrobras (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2011 às 18h22.
São Paulo - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta quinta-feira, 2, que a previsão de investimentos da companhia para 2011 permanece inalterada em R$ 93 bilhões. O valor no final do ano, entretanto, pode oscilar 10% para cima ou para baixo, ressaltou. "Esperamos recuperar (o nível de aportes) ao longo do segundo, terceiro e quarto trimestres", afirmou o executivo, que participa hoje do 22º Congresso Brasileiro do Aço, evento organizado pelo Instituto Aço Brasil (IABr) em São Paulo.
A possibilidade de a companhia não atingir o investimento previsto este ano ganhou força porque a Petrobrás encerrou o primeiro quadrimestre de 2011 com investimentos de R$ 20,465 bilhões, segundo dados publicados esta semana pelo Ministério do Planejamento. O montante ficou 11,3% abaixo dos investimentos de R$ 23,071 bilhões realizados no mesmo período do ano passado. O começo de 2010, vale ressaltar, foi um período marcado pelo controle de gastos da companhia, que ainda não havia realizado a megacapitalização com vistas a reduzir o até então elevado nível de alavancagem.
Segundo informado no mês passado pelo diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, os investimentos da companhia neste ano devem somar R$ 93 bilhões. Em 2010, a projeção da estatal indicava investimentos de aproximadamente R$ 85 bilhões, mas ao final do ano os aportes realizados totalizaram R$ 76,4 bilhões.
Barris
A companhia também manteve a previsão de encerrar 2011 com produção nacional de 2,1 milhões de barris diários de petróleo.
Nas últimas semanas, cresceu no mercado a desconfiança de que a Petrobras poderia não atingir a projeção, traçada inicialmente para o ano passado e não alcançada na oportunidade. "Nesse momento estamos mantendo a meta. Estamos ainda na metade do ano", ponderou Gabrielli.
O executivo explicou que o aumento da produção da companhia, com a operação de grandes navios plataformas com capacidade para produzir mais de 100 mil barris diários, é mais suscetível a provocar "soluços" na produção e, consequentemente, dificultar o trabalho de alcançar metas mensais.
A produção da Petrobras no Brasil alcançou 2,003 milhões de barris diários de petróleo em abril, resultado 1,7% inferior à produção de 2,039 milhões de barris diários do mês anterior.